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Cirurgia de catarata: qual o momento certo?

Cirurgia de catarata: qual o momento certo?

Dra. Adriana Bonfioli assinatura

A catarata ocorre quando o cristalino, lente natural do olho, torna-se mais denso e opaco. Isso ocorre durante o processo natural de envelhecimento ou pode ser decorrente de um trauma, inflamação ocular, cirurgia ou mesmo do uso de alguns medicamentos.

O diagnóstico de catarata é feito durante um exame oftalmológico de rotina, em que é percebida a redução da acuidade visual e a opacificação do cristalino.

Para o paciente, descobrir que tem catarata e que o seu único tratamento é uma cirurgia pode trazer muita ansiedade. Uma das dúvidas mais frequentes no consultório é: está na hora de operar?

Para responder essa questão, vamos analisar se a catarata está afetando de alguma forma a qualidade de vida e a saúde do paciente.

Como se desenvolve a catarata

Existem vários tipos de catarata, com sintomas e velocidade de progressão diferentes. Porém, em todas elas, o processo se inicia com uma leve opacificação, que facilmente passa despercebida. Ao contrário, muitos pacientes relatam, na fase inicial, uma melhora da visão de perto e contam que agora conseguem “ler sem óculos”.

Com o tempo, a catarata vai ficando mais densa e surgem os sintomas clássicos. As cores ficam mais apagadas e a visão de contrastes piora, o que dificulta, por exemplo, ler e dirigir à noite.

Quando a catarata já está “madura”, o paciente se queixa que a visão está embaçada, especialmente em ambientes com pouca luz.

Quando devo operar a catarata?

A indicação do momento certo para operar a catarata varia de acordo com as necessidades do paciente e a experiência de cada especialista.
Em todos os casos, é importante fazer as seguintes perguntas:

1. A catarata está prejudicando a visão? Está interferindo nas atividades diárias, no trabalho e na qualidade de vida?

Se o paciente não tem queixas e acha que a sua visão está ótima, na maioria das vezes podemos esperar algum tempo antes de operar. Se essa for a opção, a catarata deve ser acompanhada periodicamente, a cada 3 ou 6 meses.

2. O quadro é inicial ou a catarata já está densa (madura)?

Uma catarata inicial, que nem é percebida pelo paciente, pode ser acompanhada. Se, nas próximas consultas, o médico perceber que ela está ficando muito densa, a cirurgia deve ser indicada.

Alguns tipos de catarata, como a nuclear, desenvolvem-se muito lentamente e ficam bastante densas antes de causar uma perda visual importante. Esperar demais, nesses casos, pode resultar em uma catarata extremamente dura e uma cirurgia mais difícil.

3. A catarata está elevando a pressão do olho?

O cristalino, lente natural do olho, é mais volumoso e ocupa mais espaço que a lente que implantamos na cirurgia de catarata. Por causa disso, é comum observar que a pressão do olho diminui após a sua retirada.

Em pacientes com glaucoma, a cirurgia de catarata pode ser indicada mais cedo, para ajudar a controlar a pressão do olho.

4. O exame do fundo do olho está sendo dificultado pela catarata?

O paciente que tem alterações da retina, como degeneração macular ou retinopatia diabética, precisa de um exame de fundo de olho periódico. Se ele desenvolve uma catarata e ela começa a atrapalhar a observação do fundo de olho, está na hora de operar.

Enfim…

O mais importante na hora de decidir quando operar é conversar com o seu cirurgião sobre cada um desses pontos. Cada pessoa é única e não existem regras que se apliquem a todos os pacientes.

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