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Estrabismo infantil: esotropia do lactente

Estrabismo infantil: esotropia do lactente

Dra. Carolina Paes assinatura

A esotropia do lactente, também chamada de síndrome de Ciancia, é um tipo frequente de estrabismo que surge logo nos primeiros meses de vida do bebê, mais comumente entre 2 e 6 meses de vida. É, por sinal, o tipo mais frequente de estrabismo da infância.

É normal que o bebê tenha um certo desvio dos olhos nos primeiros meses de vida devido à imaturidade da visão. Porém, o desvio que permanece após os 6 meses deve ser investigado.

Quadro clínico

A esotropia do lactente é caracterizada por um desvio ocular convergente grande (olhos desviados “para dentro), acometendo os dois olhos simultaneamente, com limitações da movimentação ocular (a criança não consegue mover os olhos para fora). Pode ainda vir associada a desvios verticais e nistagmo.

A maioria das crianças acometidas por essa condição não apresentam erros refrativos significantes e não se beneficiam do uso de óculos. Mesmo quando instaurado o tratamento precoce, as crianças portadoras desta condição não desenvolvem visão de profundidade normal.

Causas e fatores de risco

Sua etiologia é desconhecida e sua origem genética não está clara. Notou-se que pode acometer crianças que tiveram alguma sequela neurológica do parto, mas também acomete bebês saudáveis.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, sendo realizado pelo oftalmologista especializado no consultório.

Tratamento da esotropia do lactente

Existem controvérsias sobre o tratamento, com alguns profissionais que indicam cirurgia precoce, até os 2 anos de idade, ou aplicação de toxina botulínica.

Antes de tudo, a criança deverá passar por uma consulta oftalmológica cuidadosa, com exame de retinoscopia para determinar se realmente não há indicação do uso de óculos, ou oclusão com tampão, medidas seriadas do tamanho do desvio com prismas para, só então, decidir pelo tratamento cirúrgico.

Complicações

Quando não tratada precocemente, a esotropia do lactente pode levar à ambliopia (condição em que o estímulo visual ineficiente em um dos olhos leva ao não desenvolvimento da visão).

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