{"id":15051,"date":"2020-01-29T17:33:12","date_gmt":"2020-01-29T20:33:12","guid":{"rendered":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/?p=15051"},"modified":"2020-06-30T16:29:54","modified_gmt":"2020-06-30T19:29:54","slug":"retinose-pigmentar-o-que-e","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/retinose-pigmentar-o-que-e\/","title":{"rendered":"Retinose pigmentar: causas, sintomas e tratamentos"},"content":{"rendered":"

\"Dr.<\/a><\/p>\n

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A retinose pigmentar (RP), tamb\u00e9m conhecida como retinite pigmentosa, \u00e9 o nome dado a uma s\u00e9rie de doen\u00e7as oculares que podem levar \u00e0 perda da vis\u00e3o noturna, \u00e0 diminui\u00e7\u00e3o do campo visual e, mais tardiamente, ao acometimento da vis\u00e3o central. <\/p>\n

Quando se tem RP, os fotorreceptores (mais precisamente os cones e bastonetes, c\u00e9lulas presentes na retina que s\u00e3o respons\u00e1veis pela nossa vis\u00e3o) v\u00e3o se deteriorando com o tempo e, consequentemente, passam a n\u00e3o funcionar da forma como deveriam. <\/p>\n

Atualmente, j\u00e1 foram identificados mais de 40 tipos diferentes de genes causadores da retinose pigmentar.<\/p>\n

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Causas e fatores de risco<\/strong><\/h2>\n
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A retinose pigmentar \u00e9 uma doen\u00e7a heredit\u00e1ria com diferentes padr\u00f5es de transmiss\u00e3o. N\u00e3o necessariamente o portador de retinose pigmentar vai transmitir a doen\u00e7a aos filhos. <\/p>\n

Por isso, \u00e9 importante uma avalia\u00e7\u00e3o dos familiares e at\u00e9 aconselhamento gen\u00e9tico para se avaliar o risco de transmiss\u00e3o para os filhos.<\/p>\n

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Aten\u00e7\u00e3o: podem existir algumas associa\u00e7\u00f5es desta doen\u00e7a com a surdez e a obesidade.<\/p><\/blockquote>\n

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Sintomas<\/strong><\/h2>\n
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Um dos sintomas iniciais da retinose pigmentar \u00e9 a dificuldade de enxergar \u00e0 noite, conhecida como nictalopia. Aqui, o paciente come\u00e7a a levar mais tempo para se ajustar \u00e0 escurid\u00e3o, n\u00e3o enxergando muito bem quando passa de ambientes muito iluminados para lugares mais escuros; Al\u00e9m disso, ele pode ter dificuldade para dirigir \u00e0 noite, principalmente em vias pouco iluminadas. <\/p>\n

Com o passar dos anos, o campo visual perif\u00e9rico se torna cada vez maior, fazendo com que a pessoa n\u00e3o consiga ver as coisas que est\u00e3o ao seu lado sem virar a cabe\u00e7a. Esse sintoma, inclusive, \u00e9 conhecido como \u201cvis\u00e3o de t\u00fanel\u201d.<\/p>\n

Nos est\u00e1gios posteriores da doen\u00e7a, os cones da retina podem ser afetados, tornando a vis\u00e3o para cores menos detalhada e provocando maior sensibilidade \u00e1 luz (fotofobia). Por \u00faltimo, a doen\u00e7a se evolui a ponto de comprometer toda a vis\u00e3o central.<\/p>\n

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Detalhes importantes: a retinose pigmentar \u00e9 uma doen\u00e7a de lenta progress\u00e3o e com grande variabilidade. <\/p><\/blockquote>\n

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Diagn\u00f3stico<\/strong><\/h2>\n
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Um oftalmologista \u00e9 capaz de dizer se voc\u00ea tem retinite pigmentosa s\u00f3 de olhar nos seus olhos e, claro, fazer alguns exames especiais como:<\/p>\n

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  • oftalmosc\u00f3pio:<\/strong> nele, o m\u00e9dico coloca gotas nos olhos para ampliar a pupila do paciente e examinar melhor na retina. Para isso, ele usar\u00e1 uma ferramenta port\u00e1til capaz de analisar a parte de tr\u00e1s dos seus olhos. Se voc\u00ea tiver retinose pigmentar, haver\u00e1 manchas bem caracter\u00edsticas e escuras em sua retina.<\/li>\n
  • teste de campo visual:<\/strong> aqui, o paciente examina uma imagem, localizada no ponto central de sua vis\u00e3o, por uma esp\u00e9cie de \u201colho m\u00e1gico\u201d. Durante o exame, ele deve pressionar um bot\u00e3o toda vez que enxergar outros objetos e luzes que aparecerem em seu campo de vis\u00e3o. <\/li>\n
  • eletrorretinograma:<\/strong> o oftalmologista colocar\u00e1 uma pel\u00edcula de folha de ouro, ou uma lente de contato especial em seu olho. Ent\u00e3o, ele medir\u00e1 como sua retina responde aos flashes de luz que estes aparatos provocam.<\/li>\n<\/ul>\n
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    Tratamentos<\/strong><\/h2>\n
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    Atualmente, n\u00e3o existem tratamentos que levem \u00e0 cura completa da doen\u00e7a. <\/p>\n

    No entanto, foi liberado recentemente nos Estados Unidos um tratamento baseado em terapia g\u00eanica chamado Luxturna, que estaria indicado em casos de distrofia retiniana relacionados ao gene RPE65. <\/p>\n

    O tratamento est\u00e1 indicado em casos iniciais e n\u00e3o funciona para pacientes que j\u00e1 est\u00e3o com a doen\u00e7a avan\u00e7ada. Para recuperar a vis\u00e3o nestes casos, est\u00e3o sendo feitos estudos com c\u00e9lulas tronco e chips de retina. Por\u00e9m, n\u00e3o est\u00e3o dispon\u00edveis para tratamento no momento. <\/p>\n

    A suplementa\u00e7\u00e3o com \u00d4mega 3 e vitamina A v\u00eam mostrando benef\u00edcios para ajudar a retardar a evolu\u00e7\u00e3o da doen\u00e7a, mas o tratamento deve ser monitorado pelo m\u00e9dico. Afinal, existem riscos.<\/p>\n

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    Complica\u00e7\u00f5es da retinose pigmentar<\/strong><\/h2>\n
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    As principais complica\u00e7\u00f5es desse quadro, al\u00e9m do risco de perda de vis\u00e3o, s\u00e3o a catarata subcapsular e o edema macular cist\u00f3ide.<\/p>\n

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    A retinose pigmentar (RP), tamb\u00e9m conhecida como retinite pigmentosa, \u00e9 o nome dado a uma s\u00e9rie de doen\u00e7as oculares que podem levar \u00e0 perda da vis\u00e3o noturna, \u00e0 diminui\u00e7\u00e3o do campo visual e, mais tardiamente, ao acometimento da vis\u00e3o central. Quando se tem RP, os fotorreceptores (mais precisamente os cones e bastonetes, c\u00e9lulas presentes na…<\/p>\n","protected":false},"author":3,"featured_media":15052,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"inline_featured_image":false},"categories":[51],"tags":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15051"}],"collection":[{"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=15051"}],"version-history":[{"count":3,"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15051\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":15478,"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/15051\/revisions\/15478"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/15052"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=15051"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=15051"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/advisionclinica.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=15051"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}