Advision https://advisionclinica.com.br Clínica Oftalmológica Tue, 01 Feb 2022 18:44:01 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.8 Entrópio e ectrópio: o que causa essas alterações nas pálpebras? https://advisionclinica.com.br/entropio-e-ectropio-alteracoes-palpebras/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=entropio-e-ectropio-alteracoes-palpebras Tue, 20 Oct 2020 17:30:44 +0000 https://advisionclinica.com.br/?p=15648 Entrópio e ectrópio são alterações na posição das pálpebras que resultam em irritação ocular, lacrimejamento e secreção. São mais frequentes após os 60 anos e resultantes, principalmente, de alterações decorrentes do envelhecimento. O tratamento é cirúrgico, realizado por especialistas na área de oculoplástica. Entrópio palpebral O entrópio ocorre quando a margem da pálpebra se vira...

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Dra. Adriana Bonfioli assinatura

Entrópio e ectrópio são alterações na posição das pálpebras que resultam em irritação ocular, lacrimejamento e secreção. São mais frequentes após os 60 anos e resultantes, principalmente, de alterações decorrentes do envelhecimento.

O tratamento é cirúrgico, realizado por especialistas na área de oculoplástica.

Entrópio palpebral

O entrópio ocorre quando a margem da pálpebra se vira para dentro, colocando os cílios em contato com os olhos. Inicialmente, ele só aparece quando a pessoa aperta os olhos com força. Porém, com o passar do tempo, tende a se tornar permanente.

A irritação resultante do atrito dos cílios com a superfície ocular resulta em:

  • irritação e sensação de areia nos olhos;
  • vermelhidão dos olhos;
  • lacrimejamento;
  • crostas ou secreção na pálpebra;
  • dor e sensibilidade à luz (fotofobia);
  • embaçamento da visão (se houver comprometimento da córnea).

Causas do entrópio

  • Involucional: a principal causa das alterações de posição da pálpebra é o envelhecimento. O processo natural de perda de colágeno, que ocorre com a idade, resulta em uma diminuição do tônus dos músculos e tendões que sustentam a pálpebra. Mais frouxa e sem sustentação, ela tende a se virar para dentro ou para fora.
  • Cicatricial: cicatrizes resultantes de um procedimento cirúrgico, trauma ou inflamação conjuntival podem alterar a posição normal da pálpebra.

Ectrópio palpebral

No ectrópio, a pálpebra inferior se vira para fora, expondo a conjuntiva, mucosa que cobre a sua superfície interna. Exposta ao ar, ela sofre um ressecamento e se inflama, ocasionando os sinais e sintomas típicos do ectrópio:

  • ressecamento da mucosa exposta e conjuntivite crônica;
  • irritação e olho vermelho;
  • ardor nos olhos;
  • lacrimejamento;
  • dor e sensibilidade à luz.

Causas do ectrópio

Como ocorre no entrópio, as principais causas de ectrópio são as alterações relacionadas à idade, que levam à perda de sustentação da pálpebra (ectrópio involucional).

O ectrópio também pode resultar da exposição excessiva e crônica ao sol, que causa retração da pele e tracionamento da margem das pálpebras.

Importante: esse tipo de ectrópio pode ser prevenido com o uso correto de protetor solar e chapéu.

Outras causas possíveis de ectrópio palpebral são:

  • cicatrizes resultantes de traumas, cirurgias, queimaduras e doenças de pele;
  • tumores palpebrais benignos ou malignos;
  • alterações congênitas;
  • paralisia de Bell ou outros tipos de paralisia facial.

Afinal: Entrópio e Ectrópio têm cura?

Para ambos os casos, a cirurgia é o tratamento indicado e tem excelentes resultados. Lágrimas artificiais e pomadas lubrificantes apropriadas para os olhos podem ser usadas, antes do procedimento, para o alívio dos sintomas.

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Presbiopia: o que fazer com essa vista cansada? https://advisionclinica.com.br/o-que-e-presbiopia/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=o-que-e-presbiopia Wed, 14 Oct 2020 17:52:17 +0000 https://advisionclinica.com.br/?p=15614 A presbiopia é um fenômeno interessante… Todo mundo sabe que, quando se chega certa idade, a tal vista cansada aparece: os braços “ficam curtos” e a gente precisa afastar o celular ou livro do rosto para conseguir ler. O engraçado é que, apesar de ser conhecida e até banal, o mais comum é fazer 40...

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Dra. Adriana Bonfioli assinatura

A presbiopia é um fenômeno interessante… Todo mundo sabe que, quando se chega certa idade, a tal vista cansada aparece: os braços “ficam curtos” e a gente precisa afastar o celular ou livro do rosto para conseguir ler.

O engraçado é que, apesar de ser conhecida e até banal, o mais comum é fazer 40 anos, começar a apresentar os sintomas típicos da presbiopia e não fazer essa associação. Os pacientes vêm para a consulta queixando cansaço, visão embaçada para perto, olhos ardendo e a causa, tão comum, nem passa pela cabeça deles.

Minha teoria é que os 40 anos chegam e a gente nem se dá conta! Quando o oftalmologista fala: “Isso é presbiopia ou vista cansada, frequente após os 40 anos”, o normal é ver uma expressão de choque do tipo “Quem? Eu? Mas já?”.

Brincadeiras à parte, a presbiopia é isso mesmo… a “vista cansada” que aparece em torno dos 40 anos de idade e vai piorando progressivamente até atingir o seu máximo grau lá pelos 60 anos.

Vamos entender porque ela ocorre e quais as opções para corrigi-la?

Como funciona a visão de perto?

Para enxergar um objeto próximo aos olhos, precisa acontecer um fenômeno chamado de acomodação. Nele, o cristalino (lente natural do olho) muda de forma sob a ação do músculo ciliar. Isso faz com que o foco passe de um ponto à distância para um objeto próximo.

Figura mostrando um olho vendo uma objeto distante e outro vendo um objeto próximo. No que está vendo o objeto próximo o cristalino modifica seu tamanho o que é chamado de acomodação.
A acomodação nos permite focar a visão em objetos próximos.

O poder refrativo, necessário para o processo acontecer, é medido em dioptrias (popularmente chamado de “grau”).

Como exemplo, vamos pensar em um olho sem nenhum problema de refração (miopia, hipermetropia ou astigmatismo): olhando para longe, ele não está usando nada da acomodação. Quando ele olha para um objeto próximo (30 cm), ele precisa de 3 dioptrias (ou graus) de poder refrativo para conseguir um foco perfeito. Para enxergar algo a 25 cm do rosto, são necessárias 4 dioptrias e para ver detalhes a 20 cm, precisamos de 5 dioptrias. Percebeu o problema?

Para ler a uma distância normal, precisamos de, no mínimo, 3 dioptrias de acomodação! (Aliás, mais que isso, para ter conforto…) Assim, quando a amplitude da acomodação diminui, começam os sintomas da famosa vista cansada.

Para ficar bem claro: a amplitude de acomodação é a capacidade que um olho tem de mudar o seu poder de refração durante esse processo.

As crianças e adolescentes têm uma amplitude de acomodação enorme, em torno de 12 a 16 dioptrias. Ela diminui progressivamente com o passar do tempo e os adultos geralmente apresentam:

  • 4 a 8 dioptrias aos 40 anos;
  • menos de 2 dioptrias após os 50 anos.

Causas da presbiopia

Essa diminuição da capacidade do olho de mudar o seu poder refrativo e enxergar de perto é causada por alterações no cristalino, relacionadas à idade.

É natural que, com o envelhecimento, a lente natural do olho se torne mais rígida. Dessa forma, ela não consegue mudar seu formato tão facilmente para atender as necessidades da visão de perto.

(1) Olho jovem olhando um objeto próximo – o cristalino muda seu formato e o ponto focal fica sobre a fóvea, formando uma imagem nítida. (2) Olho com presbiopia olhando um objeto próximo – como a lente não muda seu formato, o ponto focal fica atrás do olho e o objeto parece embaçado.
(1) Olho jovem olhando um objeto próximo – o cristalino muda seu formato e o ponto focal fica sobre a fóvea, formando uma imagem nítida. (2) Olho com presbiopia olhando um objeto próximo – como a lente não muda seu formato, o ponto focal fica atrás do olho e o objeto parece embaçado.

Sintomas da presbiopia

Os sinais e sintomas clássicos da presbiopia são:

  • sensação de embaçamento da visão ao observar objetos próximos do rosto;
  • afastar o celular, livro ou objeto para conseguir enxergar melhor os detalhes.

Porém, no início do quadro, podem ocorrer alterações mais sutis, como:

  • cansaço visual;
  • dificuldade de ler apenas em ambientes mal iluminados;
  • dor de cabeça;
  • ardor nos olhos.

Então, se você está próximo de 40 anos e começar a sentir algum incômodo nos olhos ou na visão, procure um oftalmologista para verificar o seu grau e, claro, saber se eles são causados pela vista cansada ou por outro problema como, por exemplo, a síndrome do uso do computador.

Como a presbiopia acontece em uma pessoa com miopia?

Os míopes enxergam muito bem de perto a vida inteira. Isso acontece porque o seu grau negativo funciona como uma reserva de acomodação. Sem correção por óculos ou lentes de contato, a imagem no olho com miopia se forma antes da retina. Quanto mais próximo o objeto, mais esse ponto se desloca para trás até que fica no local ideal, a fóvea.

Olho com miopia focado em um objeto ao longe. Ponto focal à frente da retina e objeto parece embaçado.
Olho com miopia focado em um objeto ao longe. Ponto focal à frente da retina e objeto parece embaçado.

Vamos dizer que uma pessoa de 60 anos tem 3 dioptrias (graus) de miopia. Sem correção, ela enxerga um objeto, posicionado a 6 metros de distância, completamente embaçado. Ao se aproximar, ele vai entrando em foco até ficar totalmente visível.

Chegando mais perto ainda, ela continua a enxergar perfeitamente até que ele esteja a 30 cm, pois está usando os seus 3 graus de miopia como se fosse um “poder acomodativo” de reserva!

Olho com miopia (3D) focado em um objeto próximo (30 cm). Ponto focal sobre a fóvea e visão nítida.

Como a presbiopia acontece em uma pessoa com hipermetropia?

O paciente com hipermetropia, mesmo antes dos 40 anos, já tem uma visão pior para perto do que para longe. Nesse caso, quando a presbiopia chega, os dois problemas se somam e o foco em objetos próximos piora rapidamente.

Paciente de 40 anos, com hipermetropia moderada à alta olhando para um objeto ao longe. O ponto focal está atrás da retina e os objetos parecem embaçados.
Paciente de 40 anos, com hipermetropia moderada à alta olhando para um objeto ao longe. O ponto focal está atrás da retina e os objetos parecem embaçados.
Paciente de 40 anos, com hipermetropia moderada à alta olhando para um objeto próximo. Quanto mais perto do olho, mais o ponto focal se afasta da retina e a visão se embaça.
Paciente de 40 anos, com hipermetropia moderada à alta olhando para um objeto próximo. Quanto mais perto do olho, mais o ponto focal se afasta da retina e a visão se embaça.

Correção da presbiopia

Infelizmente, não existe um tratamento que interrompa ou reverta os efeitos do tempo no cristalino e seja a cura para a presbiopia. (Isso mesmo, nem exercícios e muito menos colírios milagrosos!)

A vista cansada pode ser corrigida com óculos, lentes de contato ou cirurgia.

Óculos para presbiopia

  • Óculos para leitura: utilizados somente quando necessários, para leitura e tarefas que exigem visão de perto.
  • Óculos multifocais (progressivos): quando o paciente tem grau para longe, seja miopia, hipermetropia ou astigmatismo, ele pode optar por lentes multifocais. Nesse caso, os mesmos óculos corrigem a visão em todas as distâncias.
  • Óculos regressivos: corrigem apenas a visão para as distâncias intermediárias e de perto. São frequentemente usados por pessoas que trabalham no computador.

Lentes de contato na presbiopia

Para corrigir a vista cansada com lentes de contato, o método mais comum é a báscula: corrigir um dos olhos para longe e o outro para perto. Isso significa que a pessoa terá visão monocular, ou seja, passará a usar apenas um dos olhos para ver objetos ao longe e o outro para ver de perto.

Apesar de parecer estranho, muitos pacientes se acostumam e gostam de usar báscula. Um ponto negativo dessa opção é que não corrige a visão em distâncias intermediárias.

Outra opção de lente de contato na presbiopia são as lentes multifocais. Existem várias marcas no mercado, que precisam ser testadas, pois não são todos os pacientes que se adaptam a esse tipo de correção.

Cirurgia refrativa

A cirurgia refrativa também pode ser usada, como as lentes de contato, para fazer báscula ou monovisão. Um olho é corrigido para longe e o outro para perto.

Cirurgia de catarata

Durante a cirurgia de catarata, o cristalino é removido e uma lente intraocular artificial é implantada. Isso representa uma oportunidade, caso seja a vontade do paciente, de corrigir os erros refrativos, incluindo a presbiopia.

Os seguintes tipos de lentes corrigem especificamente a visão de perto:

  • Bifocais: possuem dois pontos de foco, para longe e para perto, porém não corrigem a visão intermediária.
  • Trifocais: possui três pontos de foco, longe, intermediário e perto.
  • Lentes de foco estendido: proporcionam uma boa visão para longe e para distâncias intermediárias, porém são menos eficazes na correção para perto.
  • Lentes pseudoacomodativas: simulam o funcionamento da lente natural do olho, movendo-se e mudando de formato em resposta à contração do músculo ciliar.

Para saber mais sobre as lentes intraoculares, leia o ebook:
Lentes intraoculares: como fazer a escolha certa?

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Ceratocone: saiba tudo sobre o crosslink de córnea https://advisionclinica.com.br/ceratocone-tratamento-cross-link/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=ceratocone-tratamento-cross-link Wed, 23 Sep 2020 13:39:44 +0000 https://advisionclinica.com.br/?p=15610 O ceratocone é uma doença que acomete a córnea, causando afinamento, protrusão e distorção progressiva dos tecidos. Comumente, afeta os dois olhos, mesmo que de forma assimétrica. Com o passar do tempo, a visão se torna cada vez mais embaçada e a correção do problema com óculos ou lentes de contato passa a não ser...

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Dr. Marcelo Mesquita

O ceratocone é uma doença que acomete a córnea, causando afinamento, protrusão e distorção progressiva dos tecidos.

Comumente, afeta os dois olhos, mesmo que de forma assimétrica. Com o passar do tempo, a visão se torna cada vez mais embaçada e a correção do problema com óculos ou lentes de contato passa a não ser mais possível.

Apesar de não existir cura para o ceratocone, alguns tratamentos podem ser empregados para retardar a evolução da doença e melhorar a capacidade visual, como o implante de anel corneano e o crosslinking (ou crosslink).

Hoje, vamos entender um pouco mais sobre o crosslinking da córnea, uma técnica que usa um colírio e luz ultravioleta para fortalecer o colágeno e reduzir a progressão do ceratocone.

Leia também:
CERATOCONE: CAUSAS, SINTOMAS E TRATAMENTO

Indicação de crosslink

O crosslink de córnea é indicado em casos de ceratocone leves ou moderados, em que a doença está progredindo. O ideal é fazer o procedimento enquanto a córnea ainda não apresenta muita irregularidade e antes de um comprometimento visual significativo.

São sinais de progressão:

  • piora nas medidas de curvatura realizadas por meio da topografia de córnea;
  • aumento da miopia;
  • piora da visão.

O crosslink pode ser combinado com outros tratamento, como o implante de anel corneano, por exemplo, em casos mais avançados.

Como funciona o crosslink?

O crosslink aumenta o número de ligações químicas entre as fibras de colágeno da córnea, conseguindo que ela se torne mais rígida e resistente. Dessa forma, ocorre uma estabilização do quadro, interrompendo a progressão do ceratocone.

Para produzir a reação química entre as fibras colágenas, são necessários:

  • Agente fotoindutor: um colírio de riboflavina (vitamina B2) é utilizado para induzir a reação química do crosslink. Porém, para que a medicação seja melhor absorvida, é necessário remover o epitélio (camada superficial de células da córnea).
  • Luz ultravioleta: a riboflavina absorve a luz UV e produz moléculas de radicais livres que induzem as ligações entre as fibras.

Exames pré operatórios

Além da consulta completa, os seguintes exames complementares são necessários antes do procedimento:

  • topografia corneana: mapeia o formato da córnea;
  • paquimetria: mede a espessura da córnea.

Resultados do crosslink

O crosslink consegue uma estabilização do quadro e evita a progressão do ceratocone na maioria dos adultos, com melhora da visão e do formato da córnea.

Entretanto, as crianças podem voltar a apresentar uma evolução tardia do ceratocone.

Os pacientes devem ser acompanhados de 3 em 3 meses durante o primeiro ano e de 6 em 6 meses a partir do segundo ano.

Segurança do procedimento

O crosslink apresenta pouco risco de complicações. Porém, como todo procedimento cirúrgico, pode ocorrer infecção, defeitos na cicatrização e embaçamento da visão.

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Paralisia facial: o que você precisa saber? https://advisionclinica.com.br/paralisia-facial/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=paralisia-facial Fri, 18 Sep 2020 14:47:05 +0000 https://advisionclinica.com.br/?p=15602 A paralisia facial resulta de uma lesão temporária ou definitiva do nervo facial, que leva os impulsos elétricos para os músculos da face. Sem essa estimulação, as contrações musculares não ocorrem e a mímica facial fica paralisada. A perda de movimentos pode ocorrer em toda a face, em uma metade ou apenas na parte inferior...

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Dra. Adriana Bonfioli assinatura

A paralisia facial resulta de uma lesão temporária ou definitiva do nervo facial, que leva os impulsos elétricos para os músculos da face. Sem essa estimulação, as contrações musculares não ocorrem e a mímica facial fica paralisada.

A perda de movimentos pode ocorrer em toda a face, em uma metade ou apenas na parte inferior de um dos lados. Isso depende da localização da lesão no trajeto do nervo facial.

O nervo facial

Nós possuímos dois nervos faciais, um direito e um esquerdo. Eles se iniciam no cérebro e chegam à face por um canal na frente de cada orelha. Ali, eles se ramificam para inervar os músculos da face, a língua, glândulas salivares e lacrimais.

Figura representando os músculos faciais

As funções principais do nervo facial são:

  • fechamento dos olhos (piscar);
  • sorriso;
  • elevação das sobrancelhas;
  • produção de lágrima e saliva;
  • sensação de gosto nos dois terços anteriores da língua.

Causas de paralisia facial

A causa mais frequente é a paralisia de Bell, porém existem muitas outras:

  • infecções virais (síndrome de Ramsay Hunt);
  • cirurgia para remoção de neurinoma do acústico;
  • cirurgia da glândula parótida;
  • infecções bacterianas (doença de Lyme, otite média);
  • neurofibromatose;
  • síndrome de Guillain-Barré;
  • trauma craniano;
  • más-formações;
  • acidente vascular cerebral.

Paralisia de Bell

A paralisia de Bell pode ocorrer em homens e mulheres de qualquer idade. Ela é mais frequente em gestantes, pessoas com diabetes, hipertensão arterial, durante infecções agudas das vias aéreas superiores (ex: resfriado) ou quadros de herpes facial.

Sua causa é desconhecida, mas acredita-se ser uma reação auto-imune contra o nervo facial.

O quadro se inicia subitamente e a paralisia piora nas primeiras 48 horas. Na maioria das pessoas, ocorre recuperação dos movimentos após alguns meses.

Sinais e sintomas de paralisia facial

A paralisia facial não é apenas uma questão estética. Ela pode levar a uma série de outros problemas associados. Os sinais e sintomas variam de uma pessoa para a outra, de acordo com a causa e a localização da lesão no trajeto do nervo facial.

O mais comum é que a paralisia afete apenas um lado da face, de forma completa (sobrancelha, pálpebra, bochecha e lábios) ou só a porção inferior (bochecha e lábios). A mímica facial é perdia e a parte afetada fica lisa e sem movimentos.

O paciente:

  • não consegue franzir a testa;
  • não fecha o olho totalmente (lagoftalmo);
  • apresenta lacrimejamento, sensação de areia no olho, sensibilidade à luz (fotofobia), dor e vermelhidão;
  • a pálpebra inferior se desloca inferiormente, dando a aparência que o olho está maior.

Mulher com paralisia facial. Um olho fechado e o outro aberto

Na região da boca:

  • o canto do lábio fica caído e a boca não se movimenta para o lado afetado;
  • não é possível sorrir, assoviar ou soprar;
  • é difícil beber e comer, escovar os dentes, cuspir e saliva pode escapar pelo canto da boca;
  • a fala pode ser prejudicada;
  • diminuição da produção de saliva e boca seca.

No ouvido:

  • os sons podem parecer mais altos do lado afetado, se o músculo estapédio for acometido.

Com o passar do tempo, podem surgir espasmos nos músculos acometidos. Mais tardiamente, uma reinervação anômala pode ocorrer, fazendo com que partes da face se movimentem quando não deveriam. Um exemplo disso é quando o paciente tenta sorrir e o olho se fecha ao mesmo tempo.

Diagnóstico

Nos quadros de paralisia facial, a investigação diagnóstica tem o objetivo de determinar a causa. Podem ser realizados exames laboratoriais, eletromiografia, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética.

E, por fim: tratamento

Se uma causa específica é diagnosticada, o tratamento desta é iniciado. Na paralisia de Bell, são utilizados corticosteroides orais e, em alguns casos, antivirais.

Além disso, cuidados devem ser tomados para evitar complicações, especialmente no olho afetado:

lubrificar constantemente o olho, usando lágrimas artificiais;
fazer oclusão do olho à noite, para que não fique exposto durante o sono.

A fisioterapia deve ser iniciada imediatamente para estimular a recuperação funcional dos músculos da face.

Cirurgia para o lagoftalmo

Nos casos em que a paralisia é definitiva, uma cirurgia reconstrutiva pode ser feita com o objetivo de proteger o olho da exposição e melhorar a estética da face. Existem várias técnicas, indicadas de acordo com a necessidade:

  • elevação da pálpebra inferior e fixação no canto lateral, melhorando a sua sustentação e diminuindo a abertura do olho;
  • tarsorrafia (sutura lateral que reduz o tamanho da fenda palpebral e a exposição);
  • implante de peso de ouro na pálpebra superior para melhorar o fechamento ocular.
Pesos de ouro usado no tratamento da paralisia facial
Peso de ouro: existem vários tamanhos diferentes, que são testados antes da cirurgia.

Toxina botulínica e paralisia facial

O uso da toxina botulínica na paralisia facial tem o objetivo de melhorar a simetria da face. Os músculos do lado oposto ao paralisado são injetados de forma estratégica para equilibrar os movimentos da face.

Os efeitos da toxina botulínica duram cerca de seis meses, quando se pode repetir a aplicação.

 

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Miopia em crianças: uma epidemia mundial? https://advisionclinica.com.br/miopia-em-criancas/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=miopia-em-criancas Fri, 21 Aug 2020 13:44:45 +0000 https://advisionclinica.com.br/?p=15588 A ocorrência de miopia em crianças tem aumentado em todo o mundo. Nas últimas décadas, pudemos observar uma verdadeira “epidemia” de miopia, especialmente na Ásia (Cingapura, China, Hong Kong e Tailândia). Os fatores que levam uma criança a desenvolver miopia ainda não foram totalmente esclarecidos, mas ela parece resultar de uma associação de fatores genéticos...

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Dra. Adriana Bonfioli assinatura

A ocorrência de miopia em crianças tem aumentado em todo o mundo. Nas últimas décadas, pudemos observar uma verdadeira “epidemia” de miopia, especialmente na Ásia (Cingapura, China, Hong Kong e Tailândia).

Os fatores que levam uma criança a desenvolver miopia ainda não foram totalmente esclarecidos, mas ela parece resultar de uma associação de fatores genéticos e ambientais.

Ter pais míopes, por exemplo, aumenta o risco de desenvolver esse tipo de erro refrativo. Outro fator importante parece ser o tempo que a criança passa na frente das telas: TV, computador, tablet ou celular.

A maior frequência de pessoas míopes na população resulta em um aumento do número de complicações relacionadas à miopia, que resultam em um sério risco de perda visual.

Tratamentos para reduzir a progressão de miopia nas crianças

A miopia surge, geralmente, em torno dos 8 anos de idade e progride até a adolescência (em torno de 0,5 dioptria ao ano).

Na última década, foram descritos vários tipos de intervenções com o objetivo de reduzir a progressão da miopia nas crianças:

  • praticar atividades ao ar livre;
  • colírios cicloplégicos;
  • óculos;
  • lentes de contato.

Atividades ao ar livre

Praticar atividades ao ar livre e exposição à luz solar estão relacionados a uma menor incidência de miopia. Entretanto, essa intervenção só tem ação no desenvolvimento do problema. Em crianças míopes, essas atividades não têm efeito na velocidade de progressão do grau.

De qualquer forma, dada a epidemia mundial de obesidade, diabetes e outras doenças crônicas, estimular as crianças a realizar pelo menos 2 horas por dia de atividades ao ar livre é uma intervenção benéfica para a saúde como um todo.

Reduzir o tempo das atividades de perto

Passar muito tempo em atividades que utilizam a visão de perto está associado ao desenvolvimento de miopia.

A Academia Americana de oftalmologia recomenda a regra 20-20-20: para cada 20 minutos de leitura ou de tela, fazer 20 segundos de descanso olhando objetos a 20 pés (6 metros).

Óculos para crianças míopes

1- Óculos com grau menor do que a receita atual

Deixar os óculos da criança ficarem defasados em relação à receita atual, seja de propósito ou não, tem um efeito negativo. Estudos mostram que a progressão é maior nesses casos.

Dessa forma, a criança míope deve ser avaliada para revisão da refração a cada 6 meses e seus óculos devem ser atualizados sempre que o grau mudar.

2- Óculos bifocais e multifocais

O uso de óculos bifocais ou multifocais permanece controverso. A maioria dos autores não recomenda lentes bi ou multifocais para tratamento das crianças míopes.

Lentes de contato na miopia infantil

As lentes de contato podem ser uma opção para crianças míopes que praticam esportes. Entretanto, elas parecem não reduzir a progressão da miopia.

Colírios cicloplégicos

Os colírios cicloplégicos, mais comumente à base de atropina, têm sido, até o momento, a melhor escolha no tratamento das crianças míopes.

Mesmo assim, esse tratamento pode ter alguns efeitos colaterais, incluindo baixa de visão para perto, que pode resultar na necessidade de óculos específicos para a leitura.

Outros efeitos indesejáveis observados são fotofobia (aversão à luz) e alergia.

Enfim…

As principais medidas para prevenir a miopia são atividades físicas diárias ao ar livre, reduzir o tempo de tela da criança e fazer intervalos a cada 20 minutos de leitura.

Para controlar a progressão do grau, o colírio de atropina é o tratamento de escolha.

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Síndrome do olho seco https://advisionclinica.com.br/sindrome-do-olho-seco/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=sindrome-do-olho-seco Fri, 14 Aug 2020 13:29:34 +0000 https://advisionclinica.com.br/?p=15562 Olhos vermelhos, irritados, ardor e sensação de corpo estranho são algumas das queixas mais comuns de quem tem os olhos secos. Mas você sabia que o ressecamento ocular nem sempre é causado pela falta de lágrimas? Muitas vezes, o problema resulta de fatores ambientais como ar condicionado e uso constante do computador. A verdade é...

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Dra. Adriana Bonfioli assinatura

Olhos vermelhos, irritados, ardor e sensação de corpo estranho são algumas das queixas mais comuns de quem tem os olhos secos. Mas você sabia que o ressecamento ocular nem sempre é causado pela falta de lágrimas? Muitas vezes, o problema resulta de fatores ambientais como ar condicionado e uso constante do computador.

A verdade é que a síndrome do olho seco acomete milhões de pessoas, de todas as idades. Mesmo que, na maior parte das pessoas, não seja grave, pode causar um intenso desconforto e comprometer a qualidade de vida.

Hoje vamos conversar sobre as principais causas de olho seco e aprender a lidar com esse problema. Vamos lá?

Sinais e sintomas de olho seco

Os sintomas de síndrome do olho seco podem variar desde uma leve irritação até quadros de dor e embaçamento visual constante.

As principais queixas dos pacientes são:

  • olho vermelho;
  • ardor;
  • sensação de areia nos olhos;
  • secreção mucosa;
  • visão embaçada;
  • lacrimejamento.

Os sintomas pioram em ambientes com baixa umidade do ar (ar condicionado ou aquecimento) e após o uso prolongado de computador e outras telas.

O lacrimejamento é um sinal frequente de olho seco, o que às vezes causa surpresa nas pessoas. Ele ocorre como uma resposta reflexa à irritação e inflamação ocular.

Porém, a lágrima produzida nessa situação é bastante aquosa e não tem a qualidade necessária para resolver o problema. Por isso, mesmo quando as queixas são ardor seguido de lágrimas escorrendo, o tratamento indicado é o uso de lubrificantes artificiais.

Causas de olho seco

  • Blefarite (altera a qualidade da lágrima e resulta em maior evaporação desta);
  • exposição ocular (situações em que as pálpebras não piscam de forma normal ou não cobrem totalmente o olho, expondo a superfície ao ambiente e aumentando a taxa de evaporação da lágrima);
  • lentes de contato;
  • conjuntivite alérgica;
  • cirurgia refrativa;
  • medicamentos (anti-histamínicos, betabloqueadores, diuréticos e antidepressivos);
  • deficiência de vitamina A;
  • deficiência na produção de lágrimas;
  • síndrome de Sjögren.

A síndrome de Sjögren é uma doença autoimune em que as glândulas salivares e lacrimais são comprometidas. Ela está geralmente associada a outras condições como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico.

Diagnóstico da síndrome do olho seco

Geralmente, o quadro clínico da síndrome do olho seco é suficiente para o diagnóstico e para o início do tratamento. A melhora dos sintomas, então, confirma a doença.

Porém, se necessário, existem vários testes disponíveis para avaliação da lágrima e mesmo para quantificar a deficiência O mais utilizados são:

  • Break up time (BUT): teste que utiliza uma gota de fluoresceína para possibilitar o exame da lágrima e da superfície do olho. Após piscar uma vez, o paciente permanece com os olhos abertos até que apareçam “pontos secos” na córnea. O intervalo entre a última piscada e o primeiro ponto seco indica a qualidade da lágrima. Nos pacientes com olho seco, esse intervalo é reduzido.
  • Teste de Schirmer: utiliza pequenas tiras de papel filtro, posicionadas nas pálpebras, para medir a produção de lágrima em 5 minutos. Um teste anormal indica que a quantidade de lágrima produzida está diminuída.
  • Rosa bengala: outro corante utilizado para avaliar a superfície ocular, pois tem afinidade por células mortas. No olho seco, tipicamente o teste destaca várias áreas comprometidas.

Tratamento

O tratamento universal para o olho seco consiste no uso de lágrimas artificiais. Existem diversas opções disponíveis, indicadas de acordo com o tipo e a gravidade de cada caso.

Além disso, podem ser necessários anti-inflamatórios tópicos e, mais raramente, procedimentos cirúrgicos.

Outras medidas que contribuem para a melhora do olho seco são:

  • tratamento da blefarite, se houver;
  • aumento do consumo de alimentos ricos em Ômega 3;
  • manter-se hidratado;
  • limpeza e uso correto das lentes de contato;
  • redução do tempo de tela contínuo, com intervalos pelo menos a cada 2 horas de uso;
  • melhorar a umidade do ar, quando possível;
  • revisão dos medicamentos utilizados e possível substituição.

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Ômega 3 e sua importância para a saúde https://advisionclinica.com.br/para-que-serve-o-omega-3/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=para-que-serve-o-omega-3 Thu, 13 Aug 2020 19:32:25 +0000 https://advisionclinica.com.br/?p=15558 O Ômega 3 faz parte da família dos ácido graxos (unidade formadora das gorduras poli-insaturadas) e é essencial ao funcionamento do organismo. Da mesma forma que o ômega 6, ele só pode ser adquirido por meio da dieta, pois o corpo humano não consegue produzi-lo. O Ômega 3 exerce várias funções importantes, incluindo atuação nos...

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Dra. Adriana Bonfioli assinatura

O Ômega 3 faz parte da família dos ácido graxos (unidade formadora das gorduras poli-insaturadas) e é essencial ao funcionamento do organismo. Da mesma forma que o ômega 6, ele só pode ser adquirido por meio da dieta, pois o corpo humano não consegue produzi-lo.

O Ômega 3 exerce várias funções importantes, incluindo atuação nos processos inflamatórios, saúde do coração e função cerebral. Ele é considerado anti-inflamatório, enquanto o ômega 6 é um agente pró-inflamatório. Sabe-se hoje que ambos são importantes para o corpo e que a manutenção da proporção ideal entre eles é essencial.

Funções do ômega 3 no organismo

Existem diversas ações comprovadas do ômega 3 no organismo:

  • efeitos anti-inflamatórios;
  • melhora os sintomas de depressão e ansiedade;
  • reduz o risco de degeneração macular relacionada à idade;
  • promove um crescimento e desenvolvimento saudável do cérebro do feto;
  • ajuda no controle da hipertensão arterial;
  • reduz triglicérides e aumenta o HDL (“colesterol bom”);
  • ajuda a prevenir a aterosclerose e problemas cardiovasculares;
  • reduz os sintomas de TDAH (transtorno do deficit de atenção e hiperatividade);
  • ajuda a reverter a síndrome metabólica (melhora a resistência à insulina, inflamação e reduz o risco cardiovascular);
  • ajuda a prevenir doenças autoimunes como diabetes tipo 1, esclerose múltipla e doenças reumatológicas;
  • melhora os sintomas das doenças psiquiátricas (esquizofrenia e transtorno bipolar);
  • ajuda a controlar os sintomas iniciais de demência e Alzheimer;
  • atua na prevenção do câncer (trabalhos mostram benefícios no câncer de cólon, próstata e mama);
  • reduz o risco de asma em crianças;
  • ajuda no tratamento da esteatose hepática (excesso de gordura no fígado);
  • participa do metabolismo do cálcio e, consequentemente, promove a saúde dos ossos, prevenindo a osteoporose;
  • reduz a dor menstrual;
  • melhora a qualidade do sono;
  • promove uma pele saudável e hidratada, a protege dos raios solares e reduz o envelhecimento precoce.

Tipos de Ômega 3

O ômega 3, em suas formas ativas, está presente em grande quantidade nos peixes e frutos do mar, mas também na carne vermelha, ovos e produtos lácteos de boa procedência. São elas o DHA (ácido docosahexaenóico) e EPA (ácido eicosapentaenóico).

Comparativamente, o ômega 3 vegetal, presente nas sementes, castanhas e algumas algas, é do tipo ALA (ácido alfa-linolênico). O ALA é uma forma inativa de ômega 3 que, para exercer suas funções no organismo, deve ser primeiramente convertido em EPA ou DHA.

No corpo humano, porém, a eficiência desta conversão é muito pequena. Apenas cerca de 1-10% do ALA é convertido nas formas ativas de Ômega 3.

Fontes de ômega 3

As melhores fontes de ômega 3 são:

  • salmão selvagem;
  • sardinhas;
  • atum;
  • truta;
  • cavalinha;
  • haddock;
  • bacalhau;
  • anchova;
  • pescada;
  • camarão;
  • linguado;
  • robalo;
  • caranguejo;
  • ostra;
  • caviar.

Obs: Vale a pena limitar na dieta a tilápia e o bagre, que são ricos em ômega 6, pró inflamatório.

E, por fim: suplementação

O ômega 3 também pode ser consumido em suplementos de boa qualidade, geralmente na forma de cápsulas gelatinosas:

  • óleo de fígado de bacalhau;
  • óleo de peixe;
  • óleo de Krill;
  • óleo de algas.

É importante verificar no rótulo se o suplemento contém realmente as formas ativas (EPA e DHA) na quantidade indicada. Além disso, atenção à validade, pois esses produtos ficam rançosos facilmente. Vale a pena abrir uma cápsula, de vez em quando, e cheirá-la para garantir que o óleo continua fresco.

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Óculos infantis: como fazer a escolha perfeita para o seu filho? https://advisionclinica.com.br/como-escolher-oculos-infantis/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=como-escolher-oculos-infantis Thu, 09 Jul 2020 19:32:02 +0000 https://advisionclinica.com.br/?p=15544 Além de identificar a necessidade e o momento em que a criança deve iniciar o uso dos óculos, é preciso pensar também em sua segurança. Afinal, o que vem primeiro à mente dos pais é: e se meu filho se machucar utilizando esse acessório? É fundamental pensar, então, que além de proteger os olhos, os...

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Dra. Carolina Paes assinatura

Além de identificar a necessidade e o momento em que a criança deve iniciar o uso dos óculos, é preciso pensar também em sua segurança. Afinal, o que vem primeiro à mente dos pais é: e se meu filho se machucar utilizando esse acessório?

É fundamental pensar, então, que além de proteger os olhos, os óculos infantis precisam ser confortáveis para que os pequenos não resistam à sua utilização. Afinal, eles não são mini-adultos e a escolha dos seus óculos possuem diversas peculiaridades.

Então, como fazer a escolha certa?

O primeiro passo para escolher um óculos infantil é entender que a diferença entre ele e os óculos adultos está no formato do rosto do pequeno.

O que acontece: as crianças ainda não têm o osso do septo nasal totalmente desenvolvido. Ou seja: a ponte é mais baixa e, por isso, exige materiais que permitam adaptações (principalmente porque, ao longo do crescimento, as características faciais do(a) usuário(a) vão sofrer alterações e… bem… ninguém quer “perder os óculos” cedo demais, não é mesmo?

Sendo assim, as armações devem ter um suporte adequado para o nariz. As plaquetas, em casos de narizinhos com a base mais larga, ajudam a melhorar o apoio nasal como também permitem o ajuste dos óculos na medida em que a criança vai crescendo e os ossos do nariz vão se desenvolvendo.

Materiais

Os materiais mais recomendados para a armação são o silicone, o grilamid ou a resina morfa termoplástica, principalmente por serem mais leves e anatômicos.

Silicone: é a mais comum e prática do mercado, principalmente por ser flexível, ajustável e, portanto, uma excelente para bebês e crianças menores.

Porém, é importante ressaltar que ela, mesmo quando usada em posição incorreta, ajusta-se ao rosto do pequeno. Por isso, os pais precisam sempre conferir se os seus filhos estão com os óculos posicionados da forma correta para garantir que a visão esteja perfeita.

Menina sorridente usando óculos infantis de silicone

                                                                      Fonte da imagem

 

Grilamid: é bastante escolhida devido ao seu conforto, maciez e resistência (pois não é tão maleável como o silicone). Além disso, são bastante modernas, charmosas e coloridas, agradando muito os pequenos.

Lentes

As lentes mais seguras para os óculos infantis são as de policarbonato. Porém, quando o grau é muito elevado, as de resina de alto índice são a melhor opção para o caso.

Menino sorridente usando óculos infantis com lente de policarbonato se projetando para fora da janela de uma carro

Cuidados especiais para a escolha dos óculos infantis

  • Certifique-se de que as armações, independentemente do material selecionado, adaptem-se bem ao rosto, não incomodando atrás das orelhas (se preciso, adicione elásticos nas perninhas).
  • O aro da armação dos óculos infantis deve ser fechado, isto é, cobrir totalmente a lente.
  • Lembre-se: o conforto é essencial para a boa aceitação
  • Armações de acetato não são recomendadas para crianças pequenas, principalmente por serem pesadas e não se ajustarem bem ao nariz.

    Menina tristonha usando óculos infantis de armação de acetato sentada no chão apoiando os cotovelos sob uma pilha de livros

  • Armações de metal também não são indicadas para crianças. Afinal, elas podem acabar se rompendo e, consequentemente, machucando o rosto do pequeno.
  • Armações de meio aro devem ser evitadas porque são sustentadas por um fio de nylon que fica apoiado na cavidade da lente e, portanto, pode sair com muita facilidade.

Enfim…

Os óculos infantis, atualmente, já não são mais um motivo para que a criança se sinta com vergonha. Afinal, até acessórios de moda eles já se tornaram!

Porém, é importante que o pequeno participe ativamente da escolha das cores e modelos utilizados. Assim, ele se sentirá mais confortável e confiante com seus novos “companheiros” do dia-a-dia.

No mais, faça dessa experiência o mais agradável, divertida e segura o possível e pronto: pode apostar que seu filho vai amar os óculos!

Garoto sorridente comas mãos nas orelhas usando óculos infantis na frente de uma parede com listrar azul, amarela e vermelha

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13 passos para uma cirurgia de catarata perfeita https://advisionclinica.com.br/cirurgia-de-catarata-dicas/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=cirurgia-de-catarata-dicas Tue, 07 Jul 2020 19:35:01 +0000 https://advisionclinica.com.br/?p=15540 Se você foi diagnosticado com catarata, não se assuste! Em mãos experientes, essa é uma das cirurgias mais seguras do mundo. Claro, existem segredos para que ela se torne ainda mais perfeita! Siga nosso passo a passo e veja o mundo com outros olhos! 1. Entenda seu diagnóstico Entender o que é catarata é essencial...

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Dra. Adriana Bonfioli assinatura

Se você foi diagnosticado com catarata, não se assuste! Em mãos experientes, essa é uma das cirurgias mais seguras do mundo.

Claro, existem segredos para que ela se torne ainda mais perfeita! Siga nosso passo a passo e veja o mundo com outros olhos!

1. Entenda seu diagnóstico

Entender o que é catarata é essencial para que você se sinta seguro e tranquilo em relação ao plano de tratamento.

Pergunte: o que é catarata? Por que ela acontece?

2. É a hora certa de operar?

Converse com seu oftalmologista sobre o melhor momento para a cirurgia.

Faça as seguintes perguntas:

  • “A catarata está interferindo na minha visão?”;
  • “Ela prejudica a minha qualidade de vida?”;
  • “Em que estágio ela está?”;
  • “Ela está causando outros problemas oculares?”.

3. Como é a cirurgia de catarata?

Entenda como é feita a cirurgia de catarata, desde a anestesia até a recuperação.

Pergunte: “Que tipo de procedimento é a melhor opção para mim?”.

4. Exames pré-operatórios

O cirurgião pedirá exames que avaliam a saúde ocular e auxiliam no cálculo da lente a ser implantada durante a cirurgia.

Pergunte: “Quais exames têm cobertura pelo meu plano de saúde?”.

5. Risco cirúrgico

A cirurgia de catarata deve ser realizada quando o estado de saúde do paciente for o melhor possível.

Pergunte: “Preciso consultar o meu cardiologista para um relatório de risco cirúrgico? Devo fazer exames de sangue e um eletrocardiograma?”.

6. Escolha da lente intraocular

Após a remoção da catarata, que é a lente do olho opacificada, é necessário implantar uma lente artificial em seu lugar. Existem vários tipos de lentes e a indicação depende de cada paciente. A escolha deve ser feita junto ao cirurgião.

Pergunte:

  • “Quais os tipos de lentes disponíveis?”;
  • “Qual a melhor opção para o meu caso e por quê?”;
  • “Qual lente é coberta pelo meu plano de saúde?”.

7. Na véspera da cirurgia

Cuidados gerais: tome um banho caprichado e lave os cabelo, pois isso não poderá ser feito nos primeiros dias após a cirurgia.

8. No dia da cirurgia

  • Faça um jejum de 6 horas de sólidos e 4 horas de líquidos.
  • Na manhã da cirurgia, tome todos os medicamentos de rotina, exceto se forem suspensos pelo seu médico.
  • Chegue à clínica uma hora antes do procedimento, para que sejam iniciados os preparos para a cirurgia.
  • Traga um acompanhante adulto.
  • Traga os exames e relatório de risco cirúrgico, se solicitados.
  • Traga o termo de consentimento entregue pelo médico.
  • Se no dia da cirurgia você acordar com algum sinal de infecção (tosse, nariz escorrendo, secreção nasal ou ocular etc), entre em contato com o seu médico. Pode ser necessário adiar a cirurgia.

9. No bloco cirúrgico

  • Na sala de preparo, uma enfermeira irá pingar colírios no olho a ser operado, para dilatar a pupila;
  • ela irá, também, preparar um acesso venoso para a aplicação dos medicamentos anestésicos;
  • dentro do bloco cirúrgico, o anestesista irá aplicar um sedativo leve, para maior conforto durante a cirurgia;
  • a anestesia local será aplicada com o mínimo desconforto;
  • após a limpeza do local, o cirurgião colocará um pano fino sobre o seu rosto. Não se preocupe! Um cateter de oxigênio é sempre posicionado sob o campo cirúrgico;
  • durante a cirurgia, você irá escutar barulhos variados emitidos pelos equipamentos (e talvez também as conversas da equipe!).

10. Após o procedimento

  • O olho operado é ocluído após a cirurgia;
  • você vai se recuperar por algum tempo na clínica e logo será liberado para ir para casa.

11. Em casa

  • Pingue os colírios de acordo com a receita médica;
  • sempre lave as mãos antes de tocar no curativo, ou pingar os colírios;
  • a concha plástica protetora deve ser utilizada o tempo todo durante 3 dias e, depois, apenas para dormir por mais 3 dias;
  • não esfregue o olho operado;
  • dieta livre;
  • repouso relativo;
  • nos primeiros dias, use óculos escuros ao sair de casa.

12. Período pós-operatório

Você será acompanhado pelo cirurgião nas primeiras semanas após o procedimento. A visão melhora progressivamente, com o passar do tempo.

No primeiro mês após a cirurgia, evite:

  • esportes e sauna durante duas semanas;
  • piscina durante um mês;
  • pintar os cabelos e as sobrancelhas durante um mês;
  • maquiagem na área dos olhos durante duas semanas;
  • dirigir até ter segurança da sua visão.

13. Quando contactar o cirurgião durante o pós-operatório?

Após uma cirurgia de catarata, a melhora da visão e do conforto é progressiva. Não deixe de contatar seu cirurgião caso apresente:

  • olho vermelho;
  • dor ocular;
  • diminuição da visão;
  • inchaço das pálpebras;
  • perda de campo visual;
  • flashes de luz.

Com esses cuidados, a cirurgia de catarata certamente será tranquila e a sua recuperação bem rápida.

Tem alguma dúvida?
Entre em contato conosco!

Equipe da Advision Oftalmologia

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Doenças oculares em crianças: quais são as mais comuns? https://advisionclinica.com.br/doencas-oculares-em-criancas/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=doencas-oculares-em-criancas Tue, 30 Jun 2020 14:31:12 +0000 https://advisionclinica.com.br/?p=15440 Atualmente, o público infantil está cada vez mais engajado no uso de dispositivos eletrônicos, principalmente em tempos de pandemia. A grande questão é que a luz azul, assim como o uso excessivo das telinhas e o esforço visual que elas exigem, têm gerado muitas preocupações e questionamentos entre os pais. Afinal: será que esses hábitos...

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Dra. Carolina Paes assinatura

Atualmente, o público infantil está cada vez mais engajado no uso de dispositivos eletrônicos, principalmente em tempos de pandemia. A grande questão é que a luz azul, assim como o uso excessivo das telinhas e o esforço visual que elas exigem, têm gerado muitas preocupações e questionamentos entre os pais.

Afinal: será que esses hábitos são nocivos à saúde dos nossos filhos quando o assunto é a visão? Aliás, quais são as doenças oculares mais comuns em crianças, e como podemos identificá-las precocemente?

Bem… as respostas para todas essas dúvidas estão neste artigo! Então, para saber tudo o que precisa sobre esse assunto, é só continuar conosco.

6 doenças oculares em crianças que você precisa saber mais sobre

1. Ametropias (ou erros de refração)

Você com certeza já ouviu falar dos erros refrativos. São eles: miopia, hipermetropia e astigmatismo. Estes são os principais motivos pelos quais as crianças usam óculos e, por isso, ocupam o primeiro lugar da nossa lista.

Todos os tipos de ametropias acontecem por um mecanismo: os feixes de luz, ao atravessarem nossos olhos, não se convertem em um único ponto acima da retina, mas sim na frente, ou atrás dela. Isso faz com que a visão fique menos nítida que o normal.

Para entender melhor esse processo de formação das imagem que enxergamos e saber os detalhes sobre essas três condições, é só clicar aqui.

Em resumo:

  • Miopia: aqui, a imagem se forma na frente da retina. Então, a criança tem dificuldade para enxergar de longe.
  • Hipermetropia: a imagem é formada atrás da retina, fazendo com que a pessoa não consiga enxergar bem de perto.
  • Astigmatismo: a imagem, aqui, pode ser formada em vários planos e eixos diferentes. Isso acontece devido à irregularidades na córnea, que fazem com que os raios de luz não se concentrem em apenas UM PONTO na retina. A sensação, logo, é de que a imagem está distorcida.

2. Ambliopia (ou olho preguiçoso)

Diz respeito à falha no desenvolvimento da visão de um, ou ambos os olhos.

Geralmente, é provocada por anisometropia (diferença de grau entre os olhos), estrabismo, erros refrativos, catarata e outras doenças que possam interferir no desenvolvimento da visão da criança.

Para saber todos os detalhes sobre essa doença ocular, incluindo causas, sintomas e tratamentos, é só clicar aqui.

3. Estrabismo

O estrabismo é caracterizado pelo desvio ocular. Este pode, ainda, ser divergente (com um ou ambos os olhos direcionados para sentidos opostos), convergente ou vertical, e aparecer logo após o nascimento, ou durante a infância.

Uma das suas principais causas costuma ser a alta hipermetropia e, portanto, o tratamento inclui o uso de óculos.

Para saber mais sobre essa doença ocular, acesse o artigo “Estrabismo: causas, tipos, sintomas e tratamentos”.

4. Obstrução das vias lacrimais

É uma das doenças oculares em crianças que mais se manifesta pouco tempo após o nascimento.

Para entendê-la melhor: as lágrimas, que são produzidas por glândulas anexas às pálpebras superiores, fluem em direção aos olhos, preenchendo toda a sua superfície e lubrificando-os.

Depois, elas são drenadas por uma pequena abertura localizada no ângulo interno dos olhos e descem por um canal, chegando até o nariz e a garganta.

Este canal, por sua vez, quando sofre uma obstrução, provoca sintomas como lacrimejamento excessivo e, em casos mais graves, um leve inchaço na região lateral do nariz.

As causas para este bloqueio são variadas. Porém, a boa notícia é que ele costuma se curar sozinho, ou com o auxílio de massagens que estimulam o rompimento da obstrução. Quando essas alternativas não são suficientes, uma sondagem das vias lacrimais pode ser necessária.

Atenção: se houver muco, secreção, inchaço, vermelhidão e sensação de calor no local, pode ser que o quadro esteja acompanhado de uma infecção e, por isso, precise do uso de colírios antibióticos para se curar.

5. Alergia Ocular

As alergias oculares são reações provocadas por hipersensibilidade a algo ou alguma coisa. Elas podem ser agudas ou recorrentes, e costumam acometer grande parte da superfície ocular e/ou as pálpebras.

Os principais sintomas associados a este quadro são: sensação de areia nos olhos, vermelhidão, coceira e quemose conjuntival (uma espécie de “bolha de água” que aparece na conjuntiva).

Para saber todos os detalhes possíveis sobre as alergias oculares, basta clicar aqui.

6. Glaucoma congênito

O glaucoma congênito é uma das doenças oculares em crianças mais sérias deste texto. A condição, em si, é caracterizada por uma lesão do nervo óptico que, normalmente, está associada ao aumento da pressão ocular.

Então, quando falamos em glaucoma congênito, não é de se espantar que ele seja um problema que acomete a criança desde o seu nascimento e, portanto, pode ser diagnosticado já nos primeiros dias de vida.

Geralmente, seus sintomas incluem aumento dos olhos, inchaço nas córneas e visão turva. O diagnóstico, por sua vez, deve ser feito o mais rápido possível para que o tratamento seja 100% eficaz. Do contrário, o paciente pode sofrer uma perda irreversível de sua visão.

7. Catarata congênita

A catarata é, basicamente, uma doença ocular caracterizada pela opacificação do cristalino, a tão famosa “lente natural” dos nossos olhos. Ela pode afetar um ou ambos os olhos, e geralmente só pode ser notada durante um exame ocular.

Suas causas principais envolvem o envelhecimento (e, consequentemente, a perda de elasticidade e transparência do cristalino), algumas doenças oculares (como a uveíte, por exemplo), traumas, diabetes e uso contínuo/prolongado de medicamentos que contêm corticosteroides.

Porém, apesar de raro, essa condição também pode ser hereditária, ou ainda relacionada a distúrbios metabólicos e infecções intra-uterinas (ocasionadas por infecções que a mãe tenha sofrido durante a gestação).

A doença nos bebês se manifesta pelos olhos, que adquirem uma leve opacidade branca e leitosa. Porém, como já explicamos, esse sintoma geralmente só é identificado durante uma consulta. Por isso, nunca deixe de fazer o acompanhamento oftalmológico dos seus filhos desde o começo.

Normalmente, essa condição nos pequenos só afeta uma pequena parte dos olhos, dispensando e necessidade de cirurgia. Porém, a única pessoa que saberá qual é a melhor decisão para a criança é o oftalmologista.

8. Ptose congênita

A ptose diz respeito a um pequeno defeito no músculo responsável por levantar as pálpebras superiores dos olhos. Isso faz com que elas tenham um aspecto mais “caído” e, por isso, possam obstruir uma parte da pupila, ou toda ela, provocando alguns problemas de visão.

Pode acometer um ou ambos os olhos e, além disso, dependendo da gravidade, costuma afetar a criança de forma emocional e social. Independentemente disso, o diagnóstico e tratamento precoces são importantes pois, sem eles, a consequência mais comum é a ambliopia.

Na maioria dos casos, os pais conseguem perceber este quadro só de olharem para os seus filhos. Estes, normalmente, terão dificuldade para abrir os olhos quando bebês e, mais tarde, farão algumas coisas como:

  • levantar as sobrancelhas para conseguirem enxergar direito;
  • inclinar a cabeça para ver o que está por baixa da pálpebra caída;
  • esticar os olhos para cima com as mãos;
  • entre outros.

A ptose congênita é corrigida por meio de uma cirurgia chamada Blefaroplastia. O ideal é que esse procedimento seja feito ainda nos primeiros anos de vida do bebê, preferencialmente entre o segundo e o terceiro, ou no máximo até os sete anos.

Porém, vale ressaltar que, quanto mais cedo essa correção for feita, menores são as chances da criança desenvolver alguma doença ocular.

9. Retinoblastoma

O retinoblastoma é um tipo de câncer que afeta os olhos durante a infância. Ele pode estar presente na vida do pequeno desde o seu nascimento, ou surgir até o final dos 5 anos de idade.

Pode afetar um, ou ambos os olhos, e suas causas são variadas, incluindo a hereditariedade. O tumor, por sua vez, é bastante raro, porém, muito agressivo, podendo provocar cagueira ou até mesmo a morte. É por isso que seu diagnóstico precoce é tão importante.
O principal sintoma dessa doença é a leucocoria, um reflexo branco na pupila que aparece quando o olho fica oposto a alguma fonte de luz como o flash de uma câmera fotográfica, por exemplo.

O tratamento, claro, varia de acordo com o histórico do paciente, podendo ser feito por meio de cirurgia e/ou quimioterapia sistêmica, intravítrea e intra-arterial.

Enfim…

A conclusão que podemos tirar desse bate-papo de hoje é que a maioria das doenças oculares em crianças pode acontecer independentemente da quantidade de tempo que elas passam na frente das telinhas. Porém, hábitos como esse não deixam de ser perigosos por vários outros motivos.

No mais, a melhor forma de lidar com a saúde ocular dos seus filhos é manter as consultas oftalmológicas em dia e sempre tirar suas dúvidas com o médico responsável.

Um abraço e até a próxima!

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