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Doenças e Sintomas

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Conheça as condições mais frequentes dentro da oftalmologia:

 

Refração

A miopia é um erro de refração em que a imagem é formada antes da retina. Muitas vezes isso ocorre porque o olho é maior do que o normal. Embora suas causas  não sejam conhecidas, sabe-se que pessoas com história familiar de miopia apresentam maior probabilidade de desenvolvê-la.

Frequentemente, a miopia é percebida pela primeira vez em crianças na idade escolar. Em geral, essas crianças não conseguem ver perfeitamente o quadro na sala de aula, mas conseguem ler um livro facilmente. A miopia tende a piorar com a idade e, em geral, estabiliza-se por volta dos 20 anos.

Uma pessoa míope vê objetos próximos com nitidez, mas os distantes desfocados.  Semicerrar os olhos pode fazer com que os objetos distantes pareçam mais nítidos.

Pessoas com miopia têm risco aumentado de alterações na retina e devem realizar exames periódicos de fundoscopia.

A miopia pode ser tratada com uso de óculos,  lentes de contato ou cirurgia refrativa.

A hipermetropia é um erro de refração em que a imagem é formada atrás da retina. Algumas vezes isso ocorre porque o olho é menor do que o normal. A hipermetropia também pode ser causada por alterações na córnea ou no cristalino.

A maior parte das crianças apresenta hipermetropia, porque seus olhos ainda são pequenos, porém elas têm um maior poder de acomodação e suportam graus elevados. São comuns casos de pessoas que necessitam de óculos na infância, mas deixam de usá-los na idade adulta, quando o olho atinge o tamanho normal.

O principal sintoma da hipermetropia é a visão embaçada para perto, principalmente para leitura. Também podem ocorrer dores de cabeça, cansaço visual e sensação de peso nos olhos. Na criança que apresenta grau elevado de hipermetropia ou graus diferentes entre os olhos pode ocorrer a ambliopia (alteração no desenvolvimento visual), que pode levar a baixa de visão permanente em um ou em ambos os olhos.

A hipermetropia pode ser tratada com uso de óculos, adaptação de lentes de contato ou cirurgia refrativa.

O astigmatismo é um erro de refração causado, na maioria das vezes, por irregularidade da córnea. O resultado é uma imagem distorcida, porque os raios de luz chegam a pontos diferentes na retina.

O principal sintoma é a visão embaçada, que pode ocorrer tanto para perto quanto para longe. Também podem ocorrer dores de cabeça, cansaço visual e sensação de peso nos olhos.

O astigmatismo pode ser tratado com uso de óculos, adaptação de lentes de contato ou cirurgia refrativa.

A presbiopia (vista cansada) é um erro de refração que aparecem torno dos 40 anos de idade, devido à perda da elasticidade e do poder de acomodação do cristalino. Nessa fase, o indivíduo não percebe mais com nitidez os objetos próximos.Os sintomas são:

  • dificuldade em enxergar letras e imagens muito pequenas.
  • visão borrada ao ler algo na distância normal.
  • dores de cabeça ou fadiga após tarefas que envolvem a visão de perto.
  • precisar de mais luz ao executar atividades que envolvem a visão de perto.
  • necessidade de afastar algo que se está lendo.

A presbiopia pode ser tratada com uso de óculos, adaptação de lentes de contato ou cirurgia refrativa.

Córnea e superfície ocular

O ceratocone é uma doença progressiva que leva ao afinamento e abaulamento da córnea. Os fatores de risco mais comuns são a susceptibilidade genética e o hábito de coçar/esfregar os olhos. Seus sintomas incluem o embaçamento progressivo da visão. O tratamento consiste em resolver as causas que levam o paciente a coçar os olhos, uso de óculos/lentes de contato e procedimentos cirúrgicos como o cross-linking, implante de anel corneano e o transplante de córnea.

Clique para saber mais.

As conjuntivites infecciosas são doenças de curta duração, causadas por vírus, bactérias e parasitas que levam à inflamação da conjuntiva, camada que envolve a parte externa do olho. Existem três tipos comuns dessa infecção que merecem nossa atenção: as conjuntivites virais, bacterianas e neonatais. Seus sintomas gerais são secreção amarelada nos olhos, vermelhidão, lacrimejamento e, às vezes, embaçamento. 

Saiba mais sobre as conjuntivites visitando nosso blog.

Muito comum em crianças e adolescentes, a alergia ocular é uma alteração de hipersensibilidade na superfície ocular, que tem como principal sintoma o prurido. Os fatores que a desencadeiam são diferentes para cada pessoa, mas os mais comuns são ácaros, poeira, mofo, pêlos e pólen. O tratamento da alergia ocular é feito inicialmente com o uso de colírios específicos, que vão ser prescritos pelo oftalmologista após avaliar cada caso individualmente.

Saiba mais sobre a conjuntivite alérgica em nosso blog.

O olho seco é uma doença da superfície ocular caracterizada pela perda da integridade do filme lacrimal acompanhada de inflamação. Esse quadro pode ser causado pela diminuição da quantidade de lágrima produzida ou por alteração na sua qualidade. Tudo isso leva a um filme lacrimal mais frágil, que evapora com maior facilidade, não permanecendo o tempo necessário na superfície ocular para mantê-la úmida. 

Aprenda quais as causas, sintomas e tratamentos do olho seco visitando nosso blog.

 

As úlceras de córnea são alterações corneanas que levam à perda parcial de uma, ou mais camadas da córnea. 

Suas causas são variadas e incluem infecções bacterianas, reações imunológicas, baixa sensibilidade da córnea etc. Os fatores de risco mais comuns para este quadro são o uso inadequado de lentes de contato e acidentes oculares.

O diagnóstico é feito em consultório, pelo oftalmologista, e o tratamento consiste em tratar a inflamação e restabelecer a integridade da córnea (nos casos de úlceras não infecciosas), ou eliminar o agente causador com o uso de colírios antivirais, antibacterianos, antifúngicos ou antiparasitários.  Saiba mais.

A ceratite herpética é o acometimento da córnea pelo vírus herpes simples ou pelo vírus da varicela zoster (herpes zoster). 

Tanto o vírus do herpes simples quanto do herpes zoster podem acometer diversas partes do olho, como as pálpebras, a conjuntiva, a retina e a córnea. Quando acomete a córnea, chamamos de ceratite herpética.

Seus sintomas incluem vermelhidão, dor, sensação de areia, sensibilidade à luz e embaçamento. O diagnóstico e a classificação do tipo de ceratite é feito pelo oftalmologista, durante um exame em consultório. 

O tratamento consiste no uso de antivirais em forma de pomada ou comprimidos, colírios específicos e acompanhamento médico.

Saiba mais sobre a ceratite herpética visitando nosso blog!

Acidentes oculares, como traumas contusos ou perfurantes, podem levar ao acometimento de várias estruturas oculares, entre elas a córnea. 

Por ser a camada mais externa do olho, esta geralmente é a primeira a receber o impacto de um destes acidente, assim como com substâncias químicas.

Os principais acidentes são: presença de corpo estranho na córnea, ceratites por radiação e exposição à substâncias químicas.

Para saber mais sobre cada um deles, clique aqui.

A ceratopatia bolhosa é a descompensação da córnea devido à perda de células endoteliais, resultando na perda de sua transparência.  O endotélio é uma fina camada de células presente na parte mais interna da córnea, responsável por mantê-la transparente.

Durante a vida há uma perda natural dessas células, que faz parte do processo de envelhecimento. Alguns fatores podem acelerar essa perda, como por exemplo as cirurgias intraoculares. Sem um endotélio funcionando perfeitamente, a córnea irá inchar e perder a transparência, atrapalhando a visão.

Os sintomas são desconforto ocular, sensação de areia e embaçamento, principalmente pela manhã. Nos casos mais avançados pode haver uma modificação na cor dos olhos, ficando mais brancacentos ou mais azulados.

O tratamento inclui o uso de colírios que ajudam a reduzir o edema (inchaço da córnea) e melhorar a superfície ocular. Podem ser necessários procedimentos cirúrgicos como a micro puntura e o transplante de córnea, em casos mais avançados. Existe atualmente um tratamento promissor com um colírio que regenera a camada defeituosa da córnea.

As distrofias corneanas são doenças genéticas que levam a opacificação de uma das camadas da córnea. Elas podem surgir na infância ou, menos frequentemente, na idade adulta. Por ter origem genética, geralmente existe algum outro familiar com um problema semelhante. Os sintomas variam conforme a camada acometida, podendo incluir sensação de areia, sensibilidade a luz, ardência e embaçamento da visão. O tratamento inclui o uso de colírios, lentes de contato, cirurgias a laser ou transplante de córnea.

A ceratite é uma inflamação da córnea, camada externa transparente dos olhos. Ela pode ter causas infecciosas e seu principal fator de risco é o uso inadequado de lentes de contato.

Quando o tratamento é precoce, a recuperações pode ser completa. Porém, alguns casos evoluem com complicações como úlceras de córnea e perda visual.

A ceratite bacteriana é a infecção da córnea por bactérias como: Staphylococcus epidermides, Staphylococcus aureus ,Streptococcus pneumoniae e Pseudomonas Aeruginosa.

A superfície ocular é normalmente bem protegida por barreiras mecânicas como as pálpebras,o epitélio da córnea e o filme lacrimal, além de barreiras químicas, como as enzimas e proteínas da lágrima. Na maioria dos casos é necessária uma quebra destes fatores protetores para que ocorra a infecção. Entretanto, algumas bactérias têm a capacidade de penetrar em uma córnea saudável.

Os principais fatores de risco para a ceratite bacteriana são:

  • uso de lentes de contato;
  • trauma ocular;
  • doenças da superfície ocular;
  • cirurgia ocular prévia;
  • deformidades palpebrais;
  • uso crônico de corticoides;
  • imunossupressão;
  • alteração da sensibilidade corneana.

A ceratite bacteriana é  uma emergência ocular e seu tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível. São utilizados colírios de antibióticos, lubrificantes e antiinflamatórios.

O USO DAS LENTES DE CONTATO DEVE SER SUSPENSO.

Infecção por fungos, comumente dos gêneros Fusarium, Aspergillus e Candida. O fator de risco mais importante para a ceratite fúngica é o trauma ocular com vegetais.

A ceratite fúngica se apresenta como uma lesão esbranquiçada e de margens irregulares. Sintomas como dor, lacrimejamento, sensibilidade à luz ou sensação de corpo estranho são as principais queixas.

Podem ocorrer quadros graves, especialmente em pacientes com baixa imunidade. Se não forem tratadas rapidamente, podem provocar perda visual e, em casos extremos, até perda do globo ocular.

O tratamento é feito com  antifúngicos via tópica ou oral.

Esse tipo de ceratite ocorre mais frequentemente em pacientes jovens, usuários de lentes de contato. As queixas principais são dor importante, lacrimejamento e sensibilidade à luz. O diagnóstico é algumas vezes desafiador e pode ser necessário coletar material para exames laboratoriais. O tratamento é longo e nem sempre eficaz.

O principal fator de risco para a infecção da córnea pela Acanthamoeba é o uso de lentes de contato, em particular as gelatinosas. Portanto, o uso , limpeza, manuseio e armazenamento corretos das lentes  são as principais medidas para se evitar esse tipo de ceratite.  O armazenamento das lentes deve ser feito em recipiente contendo soluções com preservativos, disponíveis comercialmente, e não em soro fisiológico.

 

 

Plástica ocular

Blefarite é a inflamação das margens das pálpebras, especialmente da camada de glândulas sebáceas (glândulas de Meibomius). É uma condição muito freqüente e associada a sintomas de desconforto ocular, ardor, olho seco e/ou lacrimejamento, olhos vermelhos, coceira, presença de caspas e queda dos cílios.

As causas da blefarite, na maior parte dos casos, são múltiplas: rosácea, alergia a lente de contato ou maquiagens, infecções e reações medicamentosas.

Por ser uma doença crônica, a blefarite pode levar a alterações definitivas nas pálpebras (espessamento, perda irreversível dos cílios, telangiectasias) e nos olhos (olho seco).

O tratamento inclui compressas mornas, limpeza diária das margens palpebrais, clírios, pomadas e, em alguns casos, antibióticos sistêmicos.

O Pterígio é aquela “carninha” de coloração avermelhada que que cresce na superfície dos olhos. Seus sintomas consistem, basicamente, em irritação, vermelhidão, ardor, coceira e lacrimejamento dos olhos.

O fator de risco mais fortemente associado ao desenvolvimento de pterígio é a exposição aos raios UVB.

O tratamento inicialmente é feito por meio de  colírios lubrificantes e vasoconstritores para clarear os olhos avermelhados. Nas lesões maiores, ou muito sintomáticas, a cirurgia está indicada.

Saiba mais sobre a cirurgia de pterígio visitando nosso blog!

A ptose palpebral é a queda da pálpebra superior, que passa a recobrir uma parte maior da córnea e muitas vezes da pupila. É causada por alterações no músculo que eleva a pálpebra ou por problemas neurológicos. 

Seus sintomas incluem pálpebras caídas,  sensação de peso sobre os olhos, cansaço visual, sombra no campo visual superior e baixa de visão.

A ptose pode ser congênita ou adquirida e o tratamento, na maioria das vezes cirúrgico, depende da causa.

Conheça mais sobre as causas da ptose palpebral visitando nosso blog!

Dermatocálase é o excesso de pele nas pálpebras, geralmente acompanhado da protusão das bolsas de gordura. A causa mais comum de dermatocálase é o envelhecimento, embora algumas pessoas apresentem o quadro antes de 40 anos de idade.

As pálpebras “caídas” dão um aspecto cansado ao rosto, motivo pelo qual tantas pessoas procuram a cirurgia plástica das pálpebras, chamada blefaroplastia.

Ela é realizada sob anestesia local, acompanhada de sedação. É um procedimento rápido e indolor, com pós operatório tranquilo e recuperação completa em poucas semanas.

Se você está incomodado com o aspecto das suas pálpebras, agende uma avaliação com um de nossos especialistas em plástica ocular.

O tumor de pálpebra consiste em uma proliferação anormal de células na região ao redor dos olhos. Esta pode ser benigna, ou maligna. 

O diagnóstico é feito pelo oftalmologista, em um exame de rotina. Quanto mais precoce o tratamento, maiores as chances de cura. 

Os tipos mais comuns de tumores benignos são: papilomas (verrugas), cistos, nevos (pintas), hemangiomas, molusco contagioso, xantelasma. 

Os tumores malignos são de crescimento mais rápido, acometem pessoas mais idosas, apresentam ulcerações, vasos e deformidades locais, bem como perda de cílios. Podem apresentar-se como feridas que nunca cicatrizam.

Os tipos mais comuns são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, carcinoma das células sebáceas e melanoma. 

Saiba mais sobre os tumores de pálpebra em nosso artigo do blog.

O tumores conjuntivais são proliferações anormais de células na conjuntiva,  membrana que cobre a maior parte exterior do globo ocular, e interior das pálpebras. Seu principal sintoma é o surgimento de caroços, manchas ou elevações na parte branca dos olhos

Alguns fatores que contribuem para esse quadro são:  exposição à luz solar, fatores genéticos e baixa de imunidade. Seu diagnóstico é feito pelo oftalmologista durante uma consulta. 

Nos tumores benignos, é possível optar pelo tratamento clínico. Em lesões suspeitas de malignidade, a melhor conduta é a remoção cirúrgica. 

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Glaucoma

O glaucoma primário de ângulo aberto é uma doença do nervo óptico de causa desconhecida. Nele ocorre a elevação da pressão ocular e lesão de fibras nervosas retinianas.

É uma doença lentamente progressiva, geralmente bilateral, podendo ser assimétrica. Inicialmente silenciosa, alterações na visão são notadas pelos pacientes apenas quando a doença já está bastante avançada. Os danos causados pelo glaucoma ao nervo óptico são irreversíveis.

Os principais fatores de risco envolvidos são idade avançada (acima de 65 anos), história familiar, raça negra, espessura corneana fina, pressão intra ocular elevada.

O diagnóstico é feito por meio de gonioscopia, paquimetria, campo visual computadorizado, retinografia e curva de pressão. Por fim, o tratamento é baseado no uso de colírios medicamentosos, laserterapia e/ou cirurgia.

O glaucoma primário de ângulo fechado é caracterizado por alterações na anatômicas que levam ao fechamento do seio camerular e obstrução da drenagem do humor aquoso. A pressão intraocular se eleva de forma aguda, intermitente ou crônica, com eventual lesão do nervo óptico.

Os principais fatores de risco associados são ser do sexo feminino, ter mais de 60 anos, possuir raça asiática, sofrer de alta hipermetropia, cristalino aumentado de tamanho ou câmara anterior rasa, e história familiar.

O tratamento do glaucoma primário de ângulo fechado é diferenciado e específico para cada uma das formas de apresentação. Saiba mais.

O glaucoma congênito é caracterizado pela redução da drenagem do humor aquoso por desenvolvimento incompleto do seio camerular, com consequente aumento da pressão intraocular.

É classificado segundo a época de aparecimento em glaucoma congênito verdadeiro, infantil ou juvenil. O primeiro sinal percebido é uma opacificação da córnea, que se torna “ brancacenta” ou “acinzentada”.

O diagnóstico se baseia na medida da pressão intra ocular, no diâmetro aumentado da córnea, gonioscopia, paquimetria, medida do diâmetro axial do olho, no aumento da escavação do disco óptico e nos sinais e sintomas citados.

O tratamento é feito por meio de goniotomia ou trabeculotomia. Saiba mais.

É uma neuropatia óptica caracterizada pela diminuição da camada de fibras nervosas e defeito de campo visual correspondente.

Os principais fatores de risco associados são ter mais de 60 anos, ser do sexo feminino, obter histórico familiar da doença, ter vaso-regulação anormal (especialmente enxaqueca e fenômeno de Raynaud), sofrer de hipotensão noturna e ter síndrome de apneia obstrutiva do sono.

O diagnóstico é dado por meio de investigações como avaliar fatores de risco vascular sistêmico, monitorar a pressão sanguínea por 24 horas, dentre outros.

O tratamento se baseia em reduzir ainda mais a pressão intraocular por meio do uso de colírios hipotensores, trabeculoplastia a laser e cirurgia antiglaucomatosa.

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O glaucoma pigmentário é caracterizado pela elevação da pressão intraocular, que parece ser causada parece ser causada pelo depósito de pigmentos no trabeculado e por lesões físicas à sua estrutura.

A apresentação normalmente se dá na faixa dos 30 ou 40 anos de idade, principalmente em homens e míopes.

São achados característicos da doença: atrofia em forma de fenda ou fuso, áreas de transiluminação iriana, pigmentos dispersos nos 2/3 centrais da córnea (fuso de Krukenberg), seio camerular amplo, pigmentação negra no trabeculado e pigmentação retro-cristaliniana.

O tratamento se baseia em colírios hipotensores, trabeculoplastia a laser, iridotomia a laser e trabeculectomia. Saiba mais.

O glaucoma neovascular é uma doença grave, de prognóstico ruim, que ocorre em consequência da formação de vasos anômalos da íris (rubeosis iridis). Está relacionado à isquemia ou falta de oxigenação intensa, difusa e crônica da retina.

 

O tratamento definitivo é a panfotocoagulação a laser da retina. Inicialmente, o uso de colírios hipotensores que diminuem a produção de aquoso deve ser prescrito.

A associação entre corticóides e atropina é indispensável para o controle da dor e no pré-operatório de cirurgias para implantes de drenagem, trabeculectomia, ciclofotocoagulação transescleral e ciclocrioterapia.

 

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O glaucoma cortisônico é definido como qualquer hipertensão ocular secundária ao uso sistêmico ou tópico de corticoide em indivíduos predispostos. É mais frequente com o uso de medicação tópica.

O mecanismo da hipertensão ocular ainda é pouco esclarecido, mas acredita-se que esteja associado ao aumento da expressão de miocilina, uma proteína no trabeculado (para saber mais sobre as partes do olho, clique aqui). Isso leva à diminuição da drenagem do humor aquoso e, consequente, à hipertensão ocular.

Tratamento

Na maioria dos casos, o tratamento é a suspensão do corticoide utilizado. Em alguns casos, o uso de hipotensores oculares pode ser necessário por pequeno intervalo de tempo, ou de forma definitiva.

O paciente classificado como “suspeito de glaucoma”apresenta alguma alteração característica da doença que, isoladamente, não é suficiente para um diagnóstico definitivo. Esse paciente deve ser acompanhado de perto, pois apresenta um risco aumentado de desenvolver o glaucoma. Saiba mais.

Estrabismo

Trata-se do desvio convergente ou divergente que surge na vida adulta, de causa multifatorial e associado à diplopia (visão dupla).

Pode surgir em pacientes jovens e míopes, onde o excesso de acomodação levaria a uma descompensação e desalinhamento ocular, ou ainda após longos períodos de uso excessivo de eletrônicos, ou privação visual como, por exemplo, catarata ou feridas nas córneas.

O diagnóstico é realizado pelo oftalmologista. Os desvios de pequeno ângulo podem ser tratados com óculos com prisma, enquanto os maiores necessitam de cirurgia.

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A esotropia do lactente é um tipo frequente de estrabismo que surge logo nos primeiros meses de vida do bebê, mais comumente entre 2 e 6 meses de vida. 

É caracterizada por um desvio ocular convergente grande (olhos desviados “para dentro), acometendo os dois olhos simultaneamente, com limitações da movimentação ocular (a criança não consegue mover os olhos para fora). 

Sua etiologia é desconhecida e sua origem genética não está clara. O diagnóstico é realizado pelo oftalmologista em consultório.

Existem controvérsias sobre o tratamento, com alguns profissionais que indicam cirurgia precoce, até os 2 anos de idade, ou aplicação de toxina botulínica.

A esotropia infantil não acomodativa, ou esotropia essencial, pode se manifestar durante toda a infância. Porém, o surgimento é mais frequente nos primeiros 3 anos de vida.

Suas principais características são desvios convergentes de tamanho médio a grande, semelhante em todas as posições do olhar, não relacionado a erros refrativos ou necessidade de uso de óculos. 

O diagnóstico é clínico, realizado pelo oftalmologista especializado no consultório, não sendo necessário exames de imagem como tomografia ou ressonância.

O tratamento pode ser feito via tampão ocular, ou cirurgia. Tudo depende da gravidade do caso. 

A esotropia acomodativa é causada pelo excesso de convergência dos olhos, principalmente quando a criança passa a forçar a visão para perto.

Surge por volta dos 3 anos de idade, momento em que o pequeno passa a usar da acomodação com mais frequência. Muitas vezes, o desvio começa intermitente, isto é, não se manifesta a todo momento, surgindo quando a criança fixa a visão para perto.

É causada quando há um desajuste da relação entre a acomodação e a convergência. O diagnóstico é realizado pelo oftalmologista em consultório, principalmente por meio do exame de refração com uso de colírios cicloplégicos. 

O tratamento inicial é a prescrição de óculos com lentes corretivas. Cirurgias são reservada apenas para casos em que, mesmo com uso de lentes corretivas, ainda não se consegue total alinhamento ocular.

A exotropia intermitente é um desvio ocular que não se manifesta a todo momento. O paciente alterna, então, entre períodos de desalinhamento ocular e períodos de alinhamento.

Surge por volta dos 2 anos de idade, quando familiares notam que a criança desvia os olhos “para fora” em momentos de desatenção, sono e claridade intensa, quando então é comum o fechamento do olho desviado.

Tem causas genéticas e fatores hereditários, mas aparece também em pacientes sem histórico de desvios na família.

O diagnóstico é realizado em consultório, e o tratamento inicial pode ser a prescrição de óculos com lentes negativas, o uso de tampão ocular ou cirurgia.
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O nistagmo é um movimento involuntário anormal dos olhos, oscilatórios e rítmicos.

Os movimentos dos olhos podem ser horizontais, rotacionais e verticais, e muitas vezes o quadro de nistagmo pediátrico vem associado à baixa acuidade visual. O paciente pode apresentar torcicolo e posição viciosa de cabeça.

Na infância, pode ter origem genética, sem etiologia definida, ou ser associado a outras síndromes como albinismo e degenerações retinianas. Já no adulto, tem como principais causas labirintite, lesões maculares e desordens neurológicas como acidente vascular cerebral, tumores, esclerose múltipla ou traumas.

O diagnóstico é realizado pelo oftalmologista durante a consulta de rotina, e o tratamento é um pouco limitado, incluindo uso de óculos com prismas ou cirurgia.

Saiba mais.

Ambliopia é a diminuição da acuidade visual pelo não desenvolvimento da visão. Vários fatores, que impedem que a imagem chegue adequadamente ao cérebro, causam a não estimulação da visão. 

É uma condição muito comum na infância e é popularmente conhecida como “olho preguiçoso”. 

São três as causas da ambliopia: estrabismo, erros refrativos e privação visual. O diagnóstico, por sua vez, é feito no consultório. 

O tratamento clássico da ambliopia é com uso de oclusores (tampão ocular). A ideia é tampar o olho bom a fim de obrigar o olho “ruim” a ser usado e estimulado. 

Muitas pessoas acreditam que o estrabismo é uma doença exclusiva da infância, e que a pessoa já nasce com essa alteração. Isto não é verdade. Uma das causas do desvio do olhar, por exemplo, está relacionada a um quadro neurológico denominado paralisia oculomotora.

Os músculos responsáveis pela movimentação dos nossos olhos recebem comandos diretamente do cérebro. Essas “instruções” chegam aos olhos através dos nervos oculomotores (o abducente, troclear e o oculomotor). Qualquer doença que afete estes nervos pode gerar quadros diversos de estrabismos.

Quadro clínico

Os sintomas variam de acordo com o nervo afetado. Porém, a maioria dos pacientes se queixa de diplopia (visão dupla), já que o equilíbrio ocular foi quebrado e, os olhos, desalinhados.

Se o acometimento for, por exemplo, no nervo abducente, também chamado de 6 par, o olho não irá conseguir fazer o movimento de abdução (olhar para “fora”). No entanto, se o acometimento for no nervo troclear e este ficar paralisado, o olho não irá abaixar adequadamente, já que o também chamado de 4 par inerva o músculo oblíquo superior, um dos responsáveis pelo olhar para baixo.

Já os quadros de paralisia do oculomotor (3 par craniano) são os mais complexos, já que este nervo manda comando para 4 músculos oculares, e também para a musculatura da pálpebra e da íris. Os olhos, então, poderão ficar desviados “para“ fora, a pupila em miose (fechada) e a pálpebra caída (ptose).

Causas e fatores de risco

As causas são diversas e vão desde quadros virais até doenças neurológicas graves, como acidentes vasculares e esclerose múltipla.

Traumatismos cranianos são responsáveis pela maioria dos casos de paralisia do troclear.

Idosos e diabéticos muitas vezes são afetados pela paralisia do abducente.

Aneurismas cranianos podem ter como primeira manifestação a paralisia do oculomotor.

Diagnóstico

Justamente por ser de origem neurológica e ter tantas causas, o diagnóstico é feito conjuntamente entre o oftalmologista e o neurologista.

Exames de imagem como tomografia e ressonância de crânio são necessários na maioria dos casos, bem como exames de sangue, uma avaliação oftalmológica minuciosa e análise neurológica detalhada.

Tratamento/prevenção

O tratamento varia com a causa, e o desvio ocular pode ser melhorado a partir da resolução do problema de base. Por exemplo: uma paralisia viral costuma resolver espontaneamente sem necessidade de tratamento específico. Paralisias causadas pela esclerose múltipla podem também ter resolução espontânea ou necessitar de tratamento com corticoides. Aneurismas devem receber tratamento neurocirúrgico.

Estrabismos pequenos e com visão dupla podem ser aliviados por meio de óculos com lentes prismáticas. Em casos de paralisias recentes, a fim de evitar uma contratura do músculo, há opção de aplicação de toxina botulínica.

O tratamento cirúrgico é reservado para casos em que não há opções de cura do problema neurológico de base. O objetivo da cirurgia em paralisas motoras é “reequilibrar” as forças do olho.

Ainda não existe nenhum tratamento cirúrgico que recupere ou aumente a força perdida pelo músculo paralisado. Este irá permanecer com sua função comprometida, mas existem cirurgias que amenizam e tentam devolver ao olho uma posição mais próxima da neutralidade, trazendo ao paciente conforto e diminuição, ou até mesmo cura da visão dupla.

 

Os desvios verticais são aqueles em que um olho está mais alto e o outro mais baixo. Eles são frequentemente associados a desvios horizontais e são causados por disfunções da musculatura que move os olhos para cima e para baixo  (músculos retos superior, inferior e oblíquos).

A disfunção da musculatura oblíqua pode causar desvios torcionais. Assim, o paciente pode apresentar torcicolo para tentar compensar o estrabismo. 

 Os principais tipos de desvios verticais são: 

  • hipertropias: olho desviado para cima;
  • hipotropia: olho desviado para baixo (desvio vertical restritivo);
  • desvio vertical dissociado: ambos os olhos sobrem;
  • ciclotropias: desvios torcionais.

Causas e fatores de risco

  • oftalmopatia de Graves (relacionada ao hipertireoidismo);
  • fratura da órbita (que pode ocorrer em acidentes automobilísticos, por exemplo);
  • alterações congênitas (fibrose congênita de reto inferior, síndrome de brown etc);
  • paralisias nervosas.

Tratamento

O tratamento varia de acordo com a causa e o grau de estrabismo. 

Desvios pequenos e com diplopia (visão dupla) podem ser tratados com prescrição de lentes prismáticas.

Desvios maiores e o desvio vertical dissociado, quando descompensados ou associado a desvios horizontais, têm indicação de correção cirúrgica. 

Ptose e retração palpebral podem ser complicações decorrentes da cirurgia dos retos verticais. 

Este é o nome que damos para três tipos de estrabismos que não apresentam apenas uma característica clínica isolada, mas sim um conjunto de sinais e sintomas que os tornam bem específicos. Estamos falando de: Síndrome de Brown, Síndrome de Stilling-Turk-Duane e Sequência de Moebius.

 

Síndrome de Brown: caracterizada pela deficiência da elevação do olho em adução (dificuldade em olhar para cima quando olhando para dentro). Normalmente unilateral.

Tem como causa uma alteração no tendão do músculo oblíquo superior, que age como uma trava que impede a adequada elevação do globo ocular. Pode ocorrer desde o nascimento, ou ser secundária a traumas, tumores nasais ou uma tendinite do músculo oblíquo superior.

 

Síndrome de Stilling-Turk-Duane: mais frequente em mulheres e no olho esquerdo, (contudo, pode ser bilateral), a Síndrome de Duane nada mais é que uma anomalia da inervação dos músculos oculares. 

O paciente apresenta uma restrição do olhar lateral (duane tipo 1: restrição do olhar para fora; duane tipo 2: restrição do olhar para dentro; duane tipo 3: restrição para dentro e para fora), associada à diminuição da fenda palpebral e movimentos anormais dos olhos para cima e para baixo. 

Muitos pacientes podem apresentar torcicolo para tentar compensar a posição ocular desviada. 

 

Sequência de Moebius: trata-se de uma paralisia facial congênita, com acometimento de múltiplos nervos cranianos. Nesse caso, o portador apresenta um rosto sem mímica facial,  associado ou não ao fechamento incompleto dos olhos, estrabismo, ptose, atrofia, protrusão lingual, malformação de extremidades, além de outras alterações sistêmicas. 

Pode ser de causa genética, ou secundária, ao uso de algumas drogas na gestação, como talidomida, cocaína e misoprostol. 

Retina e Vítreo

A doença macular relacionada à idade , também conhecida como degeneração macular ou DMRI, é uma doença onde existe uma lesão na parte central da retina que se chama mácula. Atualmente ela é uma das principais causas de cegueira em pacientes acima de 65 anos. Ela é mais comum em pacientes com mais de 60 anos e tem uma grande relação com fatores genéticos e ambientais, dentre eles o cigarro. Atualmente não existe uma cura para esta doença, mas existem diversos tratamentos.

Quadro Clínico

Os principais sintomas da DMRI são distorção da imagem (metamorfopsias)e embaçamento ou perda visão central.

Causas e fatores de risco

Com o envelhecimento, aumenta se a chance de desenvolvimento da doença. Apesar de ter estar ligada a fatores genéticos e hereditários a doença também tem relação com fatores metabólicos e ambientais.É uma doença mais comum em pessoas de pele clara, mas pode ocorrer em qualquer tom de pele. Em relação aos hábitos de vida, a chance de surgir a doença é maior em pessoas tabagistas, com dieta rica em gordura e com exposição excessiva à luz solar.

Diagnóstico

É importante a partir dos 50 anos que sejam realizados exames detalhados da retina principalmente caso a pessoa se enquadre nos fatores de risco citados.

Os principais exames para identificação e diagnóstico da doença são a fundoscopia e mapeamento da retina, angiofluoresceinografia e a tomografia de coerência optica (OCT).

Tratamento / Prevenção

Inicialmente devemos controlar os fatores de risco. Em casos moderados está indicado o uso de vitaminas antioxidantes específicas que ajudam a desacelerar a progressão da doença. Já nos casos avançados, onde têm a formação de membranas neovasculares as injeções intravítreas de antiangiogênico estão indicadas

Complicações

As principais complicações estão relacionadas com a perda irreversível da visão central que são relacionadas à formação de atrofia e/ou cicatrizes

A retina é uma membrana que reveste internamente a região posterior do olho. Ela é responsável por transformar os estímulos luminosos em estímulos nervosos, para que sejam enviados para o cérebro através do nervo óptico.

O vítreo é uma espécie de gel que preenche a parte posterior do olho. No início da vida ele é aderido na retina. Com o passar dos anos, ele vai se soltando da retina de uma maneira natural, o que é conhecido com descolamento do vítreo. Durante este processo, ocasionalmente ele pode fazer uma tração na retina e provacar um buraco ou rasgo fazendo com que a retina se solte.  Quando a retina se descola, ela perde a capacidade de enxergar e fica sem nutrientes. Por isso, o descolamento de retina é uma urgência médica.

Quadro clínico

Os principais sintomas são as moscas volantes e fotopsias.

O processo do descolamento do vítreo pode gerar as “moscas volantes”. Estas moscas volantes podem ser identificadas como fios de cabelo,”mosquitos”que passam de um lado para o outro. Como foi dito anteriormente, este é um processo normal, devemos ficar alerta quando elas surgem de uma só vez, que significa que o vítreo descolou. Além disso, podemos perceber flashes de luz que são conhecidos como fotopsias. Quando a retina começa a se descolar o paciente percebe como se fosse uma cortina que obstrui a visão.

Causa e Fatores de Risco

Podemos indicar como principais fatores de risco: Envelhecimento, alta miopia, histórico familiar, cirurgia de catarata, cirurgia refrativa, traumas (pancadas).

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado pelo mapeamento de retina que é realizado pelo oftalmoscópio binocular indireto. É uma espécie de capacete com uma luz que com o auxilio de uma lente especial nos possibilita avaliar a periferia da retina. Em Alguns casos, pode ser solicitado uma ultrassonografia ocular para complementar o diagnóstico.

Tratamento

Trata- se de uma urgência médica. O tratamento é cirúrgico. Atualmente os principais tratamentos realizados são a introflexãoescleral e a vitrectomia posterior. A introflexãoescleral é uma faixa ou banda de silicone que é colocada ao redor do olho como uma espécie de cinto possibilitando a aproximação da retina. Geralmente ela é associada à crioterapiaouaté mesmo à vitrectomia. A vitrectomia é uma cirurgia que permite a remoção completa do vítreo. Após a remoção vítreo, ar, gases ou óleo de silicone são injetqdos para que a retina seja colada novamente. Após a cirurgia, é muito importante o repouso e seguir as recomendações médicas

Complicações

O descolamento de retina é uma doença muito grave. O prognóstico depende de uma série de fatores, dentre eles o tempo de descolamento e a extensão de retina descolada. Casos avançados podem levar à diminuição da pressão intraocular e à atrofia do olho.

Buraco macular é uma doença que acomete a região central da retina que se chama mácula. Ocorre um buraco crescente que com o passar do tempo vai piorando a visão central do paciente. Pode acometer os dois olhos, mas é mais comum que ocorra em apenas um dos olhos. A membrana epirretiniana também acomete a mácula. Geralmente é devido a alguma inflamação ou até mesmo pelo diabetes.

Quadro clínico

É uma doença que acomete somente a região central da visão e nunca a visão periférica. No início o paciente percebe um embaçamento leve que com o passar do tempo passa a gerar ondulações, distorções e até mesmo uma mancha escura que não se move

Causas e fatores de risco

Apesar de não existir uma causa definida para a formação do buraco macular, ele  é mais comum em pessoas com mais de 60 anos, míopes e pode ocrrer tanto em homens quanto mulheres.

Diagnóstico

O diangóstico é feito através do exame de fundo de olho e mapeamento de retina. A confirmação é realizada pela tomografia de coerência optica (OCT), através dela o especialista consegue avaliar os detalhes do problema, gravidade e as opções de tratamento

Tratamento

Alguns casos iniciais ou leves podem ser acompanhados para se avaliar a progressão da doença, podendo ocasionalmente ocorrer até a recuperação espontânea. O tratamento de escolha é a cirurgia de vitrectomia com peeling de mácula, que é realizada com o intuito de fechar o buraco ou fazer a retirada da membrana epirretiniana. É uma cirurgia feita com sedação leve e anestesia local. A alta é dada ao paciente no mesmo dia.

Complicações

A principal complicação do buraco macular é a perda da visão central de forma irreversível. Quadros muito antigos ou grandes buracos podem não melhorar mesmo com cirurgia. Por isso é importante o acompanhamento regular.

 

A retinopatia diabética é uma temida complicação do diabetes. Ela pode ocorrer tanto no diabetes tipo 1 quanto no tipo 2. Ao contrario do que e pensa, ela também pode ocorrer em pessoas jovens. Nas fases iniciais da doença, o paciente não tem nenhum sintoma, por isso é importante o exame preventivo.

O diabetes provoca lesões nos vasos sanguíneos da retina fazendo com que ocorra vazamento  de líquido e pequenos sangramentos. Com a progressão da doença têm se sangramento para a cavidade do olho (hemorragia vítrea), descolamento de retina e até um tipo grave de glaucoma que é chamado de neovascular.

Quadro clínico

Inicialmente assintomático. Com a evolução da doença tem se embaçamento, tanto para longe quanto para perto, sombras escuras ou vermelhas (provocadas pela hemorragia) e até cegueira.

Causas e fatores de risco

A retinopatia diabética apresenta comportamento mais agressivo com risco de perda de visão nos pacientes insulinodependentes. O controle rigoroso do diabetes retarda o aparecimento e também a progressão da doença.

Diagnóstico

É extremamente importante  o acompanhamento regular com o especialista.

Os principais exames para identificação e diagnóstico da doença são a fundoscopia e mapeamento da retina, angiofluoresceinografia e a tomografia de coerência optica (OCT).

Tratamento/ Prevenção

A principal  medida para tratamento da retinopatia diabética é o controle dos níveis glicêmicos. Além dos altos níveis de glicemia, os quadros de flutuação da glicose também são maléficos. A fotocoagulação a laser tem um importante papel em impedir a progressão da doença nos casos indicados, grande parte das vezes são necessárias diversas sessões para completar o tratamento. As injeções intravítreas de antiangiogênico (avastin, lucentis e eylea) possuem um importante papel tanto para tratar o edema macular quanto para casos avançados onde já temos a formação de neovasos. Para o edema macular, também temos a opção do Ozurdex, que é um implante biodegradável de dexametasona. Para casos muitos avançados está indicada a vitrectomia posterior.

Complicações

As complicações mais temidas da retinopatia diabética são a hemorragia vítrea e o descolamento de retina. Casos mais avançados ainda podem evoluir para um tipo grave de glaucoma, que é denominado glaucoma neovascular e até mesmo para a cegueira irreversível

A hipertensão arterial sistêmica com o passar dos anos provoca lesões nas artérias e arteríolas de todo o organismo. A retinopatia hipertensiva é quando a pressão arterial elevada provoca alterações nos vasos sanguíneos da retina

Quadro Clínico

Na grande maioria das vezes, o paciente não apresenta sintomas por isso é importante a realização do exame de fundo de olho anualmente. Em casos de doença avançada, o paciente pode evoluir com piora da visão e embaçamento geralmente nos dois olhos

Causas e fatores de risco

O principal fator de risco é a Hipertensão Arterial.

Diagnóstico

O diagnóstico inicialmente é feito através do fundo de olho. Alguns casos mais avançados podem necessitar de outros exames mais detalhados como a retinografia ou angiofluoresceinografia

Tratamento / Prevenção

Na retinopatia Hipertensiva o tratamento depende do estagio da doença. O objetivo é o controle da Hipertensão arterial e de outros fatores de riscos que podem piorar a doença como o aumento do colesterol, diabetes e alterações de coagulação sanguínea.

Complicações

Podem existir complicações como edema de papila, edema macular, oclusões venosas e hemorragias

Com o passar dos anos, o vítreo (gel que preenche a parte posterior dos olhos) se torna mais líquido, fazendo com que este se afaste da retina. Esse quadro é chamado de ‘descolamento do vítreo’ e tem como principal sintoma o aparecimento de moscas volantes (miidopsia) ou flashes de luz (fotopsia) no campo de visão.

O descolamento de vítreo pode ocorrer naturalmente no processo de envelhecimento, porém, inflamações oculares, alta miopia, cirurgia de catarata e trauma podem precipitar o problema.

O diagnóstico, inicialmente, é feito pela história do paciente e confirmado com o exame de fundo de olho. Por fim, em relação ao tratamento, a conduta é expectante, e os sintomas costumam estabilizar ou melhorar após semanas ou meses.

As moscas volantes são pequenos pontos e fios percebidos no campo de visão, que se movem junto com o olho. Na maior parte das vezes, são causadas pelo descolamento do vítreo, mas podem ocorrer também devido à sua degeneração ou após uma hemorragia vítrea ou inflamação ocular.

Flashes de luz, clarões ou relâmpagos na visão são percebidos pelos pacientes geralmente durante o descolamento do vítreo, gel que preenche a parte posterior do olho. Como ele está aderido à retina em alguns pontos, quando se solta pode tracioná-la e gerar esses fenômenos visuais. Fotopsias podem ocorrer também na enxaqueca com aura visual e em algumas doenças neurológicas.

A oclusão venosa da retina ocorre quando existe uma obstrução de uma ou mais veias que irrigam a retina. Costuma ser chamada pelos leigos de “derrame”. Pode ocorrer tanto na veia central quanto em suas ramificações.

Quadro Clínico

Na maior parte das vezes o paciente percebe uma perda súbita da visão que é descrevida como um embaçamento. No início da doença não é comum dor ou outros sintomas associados.

Causas e fatores de risco

Os principais fatores de risco são: idade avançada, hipertensão arterial, dislipidemia (altas taxas de gordura no sangue),glaucoma e alterações da coagulação.

Diagnóstico

Os principais exames para identificação e diagnóstico da doença são a fundoscopia e mapeamento da retina, angiofluoresceinografia e a tomografia de coerência optica (OCT). Além do exame em pacientes que já apresentam sintomas, é importante o acompanhamento regular para identificação dos pacientes de risco aumentado.

Tratamento

É fundamental o diagnóstico precoce para se obter os melhores resultados. É muito importante que sejam mudados os hábitos de vida e alimentares. Como tratamentos específicos temos a fotocoagulação a laser, injeções intravítreas de antiangiogênicos e corticoides e até a vitrectomia posterior em casos mais graves

Complicações

As complicações das oclusões venosas geralmente são mais tardias e relacionadas com as formas mais graves. Podemos citar a hemorragia vítrea, edema macular crônico, glaucoma neovascular e até descolamento de retina.

 

 

Retinose pigmentar é o nome dado a uma doença provocada por uma série de alterações genéticas que levam à destruição de células fotorreceptoras que são denominadas bastonetes e cones.

A doença é caracterizada pela perda da visão noturna, diminuição do campo visual e, mais tardiamente, o acometimento da visão central. É uma doença de lenta progressão e com grande variabilidade.

É uma doença hereditária com diferentes padrões de transmissão e, atualmente, não existem tratamentos que levem à cura completa da doença.

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Uveítes

A Uveíte é uma inflamação que costuma atingir a íris, o corpo ciliar, a coroide, o nervo óptico e a retina. Pode surgir em qualquer momento da vida e acometer ambos os sexos. Porém, é mais frequente em jovens adultos.

É importante estar atento aos sintomas, como olhos vermelhos, dor ocular, fotofobia e aparecimento de pontos escuros na visão. A piora da visão pode ocorrer a qualquer momento e significar um avanço da inflamação.

O diagnóstico da uveíte é essencialmente clínico, baseando-se nos sinais e sintomas da doença, na análise da saúde do indivíduo e no exame oftalmológico detalhado.

O tratamento depende da origem da uveíte mas, basicamente, procura atenuar a inflamação e a dor ocular com o uso de anti-inflamatórios tópicos e colírios.

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A Esclerite é uma doença que compromete a esclera, parte branca e visível do olho. Afeta pessoas de qualquer idade, mas principalmente adultos entre 30-50 anos.

Comumente afeta a parte da frente do olho e pode ser classificada em três tipos: difusa, nodular e necrosante. A última é considerada a forma mais grave da doença.

A dor ocular é o sintoma mais característico da doença, sendo muito intensa e podendo despertar o paciente do sono. Maior sensibilidade a claridade (fotofobia), dor à movimentação ocular e piora da visão também podem ocorrer.

O diagnóstico é essencialmente clínico, por meio do exame oftalmológico e de uma boa anamnese com o paciente. Exames de Ecografia ocular modo B, OCT e Retinografia fluorescente também podem ser necessários.

O tratamento das esclerites é realizado com medicação oral. Os AINEs orais são geralmente suficientes para controlar a doença na maioria dos casos. Os casos mais graves e que não respondem aos AINEs vão precisar de corticoide sistêmico por tempo prolongado.

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A uveíte intermediária é uma inflamação intra-ocular crônica, recidivante, de início insidioso, que afeta predominantemente o vítreo e a parte periférica da retina.

A doença é rara e, na maioria dos casos, não apresenta uma causa aparente ou associação com doença sistêmica. Porém, pode se associar a causas infecciosas tais como Tuberculose e Sífilis, e não infecciosas, como Sarcoidose, Síndrome de Blau etc.

O quadro é, geralmente, bilateral, mas pode ser assimétrico e começa de maneira insidiosa com piora visual, moscas volantes, metamorfopsias (distorção das imagens) e fotofobia (maior sensibilidade a luz).

O diagnóstico é essencialmente clínico, por meio do exame oftalmológico e de uma boa anamnese. Casos de difícil diagnóstico ou suspeita de Linfoma podem exigir biópsia vítrea.

A principal medicação utilizada para o tratamento é a corticoterapia, seja ela na forma de injeção peri-ocular, intra-ocular ou uso oral por tempo prolongado. O uso de colírios a base de corticosteróides e dilatadores de pupila frequentemente são necessários.
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